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Polícia

Operação prende 7 do PCC que planejavam atentados a policiais e juiz em Mato Grosso do Sul

Durante investigação, polícia interceptou bilhete de um dos líderes da facção com tom terrorista
Thatiana Melo -
(Divulgação)

Após a interceptação de um bilhete com tom terrorista, em maio deste ano, com ameaças a juízes e à polícia, o Dracco (Departamento de Repressão à e ao Crime Organizado) deflagrou, na manhã desta terça-feira (30), uma operação em conjunto com a Polícia Penal, que acabou na prisão de sete membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Foram feitas operações pente-fino nas penitenciárias do Estado. As investigações apontaram que uma célula da facção criminosa, que estava estabelecida na região cone-sul do Estado, estaria se organizando para colocar em prática atentados contra servidores públicos. Os alvos seriam um investigador de polícia, um policial penal e um . Os nomes dos presos da facção não foram divulgados.

Os servidores seriam alvo do PCC devido ao exercício de suas funções. Durante as investigações, foi descoberto que alguns integrantes, mesmo presos, de dentro dos presídios continuavam a dar ordens, que eram executadas por quem estava em liberdade.

Em 31 de agosto de 2016, um policial penal foi alvo de um atentado a tiros na cidade de . Ele seguia em uma moto Honda Biz, quando os autores, em duas motos, se aproximaram e começaram a atirar. O ataque ocorreu próximo à capela mortuária da cidade, a 100 metros da delegacia da Polícia Civil local.

1º Bilhete com instruções de bombas interceptado

Após um princípio de motim no dia 30 de maio, no Presídio de Segurança da , em Campo Grande, foi descoberto um suposto plano de ataque à Polícia Militar e Civil de Mato Grosso do Sul, com instruções até de como se fazer bombas, guardadas com um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Tudo estava escondido em um bilhete, dentro da costura do short de um dos detentos, identificado como Guilherme Azevedo dos Santos, de 29 anos, encarcerado em uma das celas do pavilhão I. Ele é apontado pela polícia como membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital)

No bilhete, havia instruções para que os ‘irmãos’ de facção se unissem para atacar os policiais militares e policiais civis que estariam atacando os membros da facção de e da região. Ainda no bilhete havia escrito: “vamos montar um tabuleiro e matar no ninho”. 

Ainda segundo as instruções do bilhete, era para que as delegacias fossem monitoradas e, assim, os batalhões atacados com bombas, ‘matando no ninho’. Instruções de como fazer a bomba estavam listadas. Ao final, o detento avisa que outras instruções seriam ‘passadas logo’. Guilherme já foi preso três vezes por tráfico de drogas, tentativa de homicídio e receptação. 

PCC

Carta com tom terrorista

Logo após o pedido de transferência de Guilherme Azevedo dos Santos, conhecido como ‘Gibi ou Execução’, para o Presídio Federal, uma carta foi interceptada pela direção do Presídio Gameleira de segurança máxima de Campo Grande. O membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) enviou a carta para a namorada.

O documento de quatro páginas descreve a preocupação de Guilherme em ser transferido para outro presídio fora do Estado. Em um dos trechos, ele relata ser o líder da facção e esse seria o trabalho dele. Guilherme fala que está isolado em uma cela. Ele também fala para a namorada sobre determinação judicial que iria definir sua transferência para Mossoró, Catanduvas, Porto Velho ou ainda Brasília. 

Em um trecho da carta, o integrante do PCC diz: “Falam umas ideia na rua.. estão represária no sentido do secretário de segurança do estado [sic] […] raiva de promotor de justiça, raiva de justiça e da polícia. Se puder, vou ceifar todos como fiz com o Junior”.

O presidiário também confessou, no texto da carta, um homicídio cometido há 7 anos. Ele cita apenas o nome da vítima, que seria Junior. Em outro trecho da carta, Guilherme relata que o pedido de transferência feito pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) foi aceito pelo Ministério Público.

Relatório da Polícia Civil classifica que o manuscrito possui trechos terroristas, atentatórios à estabilidade das instituições constituídas, fazendo referência hostil ao Dracco, Sejusp, Ministério Público, Poder Judiciário e polícias em geral, motivados pelo inconformismo com a notícia do requerimento de sua remoção para presídio federal.

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