Muambeiro que movimentou R$ 24 milhões pega 9 anos de prisão e Justiça confisca 48 veículos

Muambeiro líder de uma organização criminosa especializada na importação ilegal de mercadorias foi condenado a 9 anos e 2 meses de prisão, pelos crimes de descaminho e falsidade ideológica. Ele teria movimentado mais de R$ 24 milhões em negociações não declaradas e teve confiscados pela Justiça 48 veículos usados no transporte dos produtos. A decisão […]

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MPF-MS condenou muambeiro. (Foto: Divulgação)
MPF-MS. (Foto: Divulgação)

Muambeiro líder de uma organização criminosa especializada na importação ilegal de mercadorias foi condenado a 9 anos e 2 meses de prisão, pelos crimes de descaminho e falsidade ideológica. Ele teria movimentado mais de R$ 24 milhões em negociações não declaradas e teve confiscados pela Justiça 48 veículos usados no transporte dos produtos.

A decisão é da 2ª Vara Federal de Dourados. Consta nos autos que o MPF (Ministério Público Federal) ofereceu denúncia em abril deste ano, incluindo, entre outras provas, mais de 30 processos abertos na Receita Federal do Brasil, inquéritos e quatro ações penais contra o muambeiro, que demonstravam que ele fazia da prática de descaminho a sua fonte de renda.

Muambeiro movimentou altas cifras

Os relatórios de inteligência financeira demonstram que, mesmo não tendo renda legal, o réu movimentou mais de R$ 24 milhões entre 2015 e 2021, sendo R$ 12 milhões em créditos e outros R$ 12 milhões em débitos não só em suas contas bancárias, mas também nas contas da mãe, por onde passaram R$ 2 milhões, e da irmã, com R$ 10 milhões.

Neste sentido, de acordo com o MPF, o muambeiro chefiava um grupo com mais seis pessoas. Eles realizavam logística de importação de mercadorias do Paraguai, a partir de Pedro Juan Caballero, com destino a Nova Alvorada do Sul, de onde era feita a redistribuição até o estado de São Paulo, com ajuda de laranjas que faziam o transporte.

Além do esquema operacional da entrega de muamba, o réu também foi condenado por falsidade ideológica, uma vez que registrava os veículos em nome de terceiros. “De acordo com a sentença embora não haja prova de que tenha praticado pessoalmente os atos de execução de todos os falsos, indene de dúvidas que é o autor intelectual de todos estes crimes, já que comprovadamente gestor e financiador da Organização”, disse o MPF.

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