Marido liga para o 190, diz que vai degolar a mulher e polícia flagra tortura em Campo Grande

Homem ainda tentou pegar arma de um dos policiais após ameaçar degolar a mulher

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Policiais entraram na casa e ouviram relato da mulher a respeito de tortura e ameaça do marido sobre degolar
Policiais entraram na casa e ouviram relato da mulher a respeito de tortura e ameaça do marido sobre degolar

Um rapaz, de 19 anos, acabou preso durante a madrugada desta terça-feira (22), em Campo Grande, após ligar para o 190 dizendo que iria degolar a esposa de 23 anos, que acabou resgatada pela Polícia Militar após ser encontrada de joelhos e aos prantos na residência do casal. 

Os policiais foram até a residência, na região sul da cidade, após denúncias de que um homem estava agredindo a esposa. Quando chegaram ao local, o autor tentou desmentir afirmando que só ocorreu um desentendimento de casal e que a esposa estava ao telefone com a mãe.

Desconfiados das desculpas dadas pelo homem, os militares entraram na casa e encontraram a mulher de joelhos e chorando muito. Ela contou que o marido estava bebendo e depois o flagrou usando cocaína, quando brigou com ele e pediu a separação.

Nesse momento, ele passou a espancá-la com socos e chutes e de posse de uma faca a encostou na sua barriga dizendo que iria matá-la. Em seguida, o autor pegou uma enxada fazendo menção de que iria bater com o objeto na sua cabeça.

Ele ainda chegou a ligar 3 vezes no 190 afirmando que degolaria a sua esposa, sendo as chamadas confirmadas pelo celular da vítima usado pelo homem, que ao receber voz de prisão tentou pegar a arma de um dos policiais. Ele foi algemado e encaminhado para a delegacia. 

Ações que amparam vítimas de violência doméstica em MS

  • Medida protetiva online

Vítimas de violência doméstica podem pedir medidas protetivas pela internet. A mulher que for vítima desse tipo de violência e deseja denunciar seu abusador deve preencher o formulário de avaliação de risco no site do Tribunal de Justiça (https://sistemas.tjms.jus.br/medidaProtetiva/), no local destinado à solicitação de medidas protetivas de urgência e o pedido será encaminhado para análise do juízo da Vara de Medidas Protetivas: simples, rápido e de fácil acesso a todos.

  • Acompanhamento psicossocial

A Casa da Mulher Brasileira, por meio do Serviço Psicossocial Continuado (Conti), oferece suporte e auxílio para mulheres vítimas de violência doméstica superarem o trauma sofrido e resgatarem a sua autoestima e autonomia financeira.

No local, é realizado o acompanhamento com atendimento oferecido durante a denúncia, monitorando o caso até que a assistida tenha sua autonomia emocional e financeira para seguir em frente.

As vítimas são acompanhadas por meio de visitas domiciliares, monitoramento via telefone e contatos institucionais dentro e fora da Casa da Mulher Brasileira.

  • Auxílio aluguel

Foi sancionada pela Prefeitura de Campo Grande lei que prevê concessão de auxílio-aluguel às mulheres em situação de violência doméstica e familiar no início deste ano. A medida prevê a possibilidade do pagamento e será regulamentada.

O auxílio será previsto para mulheres que possuem medida protetiva, mas também àquelas que, pelas circunstâncias de violência e risco, foram obrigadas a deixar a moradia, com ou sem dependentes, após passar por análise técnica qualificada. 

O recurso poderá ser concedido para família com renda mensal de até três salários mínimos, pelo prazo de até 12 meses, podendo ser prorrogado. A lei aponta a permissão para criação do auxílio, ainda sem detalhes da execução.

Vale ressaltar que essas e outras assistências podem ser conferidas com as autoridades de segurança, como a Casa da Mulher Brasileira, para o encaminhamento adequado da vítima.

Denuncie

A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) funciona 24 horas por dia, sete dias da semana, situada na Casa da Mulher Brasileira na Rua Brasília, nº 85, Jardim Imá, em Campo Grande-MS.  

Em casos de urgência, ligue no 190 e acione a Polícia Militar. Em casos de denúncias anônimas, ligue 180. 

 

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Publicação foi feita pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil