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Polícia

Justiça nega pedido de exame de insanidade mental e perícia em mãos de acusado de matar pecuarista

A pecuarista foi assassinada asfixiada em sua casa
Thatiana Melo -

A Justiça negou o pedido da defesa de Pedro Benhur Ciardulo que solicitou exames de insanidade mental e perícia nas mãos do acusado pelo crime, alegando que ele não teria forças sozinho para asfixiar a pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, em sua casa no condomínio de luxo, no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande

Pedro teria alegado que não teria forças nas mãos para asfixiar sozinho Andrea. Ele afirmou que anos antes teria cortado os pulsos, o que causou fraqueza em suas mãos. A perícia pedida pela defesa foi negada, assim como o exame de insanidade mental. 

A decisão foi da 5ª Vara Criminal de Competência Residual publicada em Diário da Justiça desta quarta-feira (23). Lucimara Rosa Nunes, a filha, Jéssica Neves Antunes, e o cunhado, Pedro Benhur, se tornaram réus pelo assassinato da pecuarista, em agosto deste ano. O assassinato aconteceu em julho deste ano.

O trio foi indiciado por latrocínio e a denúncia foi assinada pela promotora Candy Marques Moreira. A denúncia foi recebida no dia 15 de agosto. Testemunhas ainda devem ser ouvidas. 

Plano de falso roubo

O plano do roubo arquitetado por Lucimara tinha como alvo um pix de R$ 50 mil, que seria dividido entre o trio. Mas, quando Pedro chegou a casa e viu a estrutura, passou a falar para a cunhada que queria o valor de R$ 80 mil e não mais os R$ 20 mil, que receberia da divisão dos R$ 50 mil. Quando entraram na residência, Andreia reagiu e acabou sendo espancada pelo autor, que tampou sua boca. Ela acabou morrendo asfixiada. 

Achando que a pecuarista estava viva ainda, o trio a levou para a parte superior da casa, onde a amarraram e jogaram água nela na tentativa e acordá-la. Mas, Andreia já estava morta. O trio foi embora para simular que os criminosos haviam feito as mulheres reféns. 

Queriam dar susto na pecuarista

Durante as investigações do assassinato pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), foi descoberto que o homem envolvido no crime havia sido procurado um dia antes pela cunhada, uma funcionária de Andreia. O encontro ocorreu por volta das 19 horas, na casa dele.

Segundo as investigações e os depoimentos, a conversa entre o homem e a funcionária de Andreia teria durado cerca de 30 minutos, no portão da residência. Logo após a conversa, ao entrar em casa, o acusado teria relatado à esposa que iria fazer uma ‘fita’. Ela ainda teria falado: “amanhã vou arrumar bastante dinheiro”.

A irmã da acusada presa contou que tentou desencorajar o companheiro de fazer o roubo, mas ele não recuou. Ela ainda afirmou aos policiais que a acusada pelo assassinato ainda teria falado que daria ao cunhado R$ 10 mil e que era para ela ficar com a metade. Nesse momento, a mulher disse que não participaria de nada.

No dia do crime, o homem saiu por volta das 9 horas dizendo: “vou ir lá”. Depois de 3 horas, por volta do meio-dia, a mulher recebeu um telefonema do companheiro dizendo: “a casa caiu. Eu acho que a Andreia morreu”.

O homem chegou até a casa da companheira carregando uma mala, que ela disse não saber o que havia dentro. Em seguida, o acusado no crime falou que formataria o celular e compraria outro chip. Já por volta das 15 horas do mesmo dia, a mulher recebeu mensagens do envolvido no crime dizendo que estava com medo. A mensagem enviada teria vindo de um celular com DDD de Mato Grosso.

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