Foi publicada nesta quarta-feira (23) que determina que o Fort Atacadista apresente, em no máximo 5 dias, as imagens das câmeras de segurança que tenham filmado o acidente que vitimou Fernando Da Silva e Souza, de 56 anos. O trabalhador fazia reparos no local quando sofreu uma queda no dia 14 de março.

Segundo decisão do juiz do Trabalho substituto Mario Luiz Bezerra Salgueiro, foi deferida a liminar e determinado ao mercado que apresente as gravações em até 5 dias. A urgência é justificada porque os sistemas de monitoramento não costumam comportar armazenamento por longo prazo.

Morte a esclarecer

Após a morte de Fernando na tarde do dia 17 de março, foi registrado boletim de ocorrência por morte a esclarecer. Ele chegou a ficar internado em estado grave na de , mas não resistiu aos ferimentos.

Após o incêndio que atingiu parte do mercado no dia 12, o trabalhador foi chamado para fazer reparos. Ele prestava serviços para uma empresa de fibra ótica, terceirizada. O boletim de ocorrência foi feito pela família, para liberação do corpo para o velório e sepultamento.

Fernando permaneceu internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) em estado grave, com traumatismo cranioencefálico. Foi aberto protocolo de morte cerebral e ele faleceu três dias após o acidente.

O advogado da família, Vinicius Pizetta, comentou sobre o caso “Um trágico acidente. O trabalhador não usava EPI correto para o reparo, que deveria ser fornecido pela empresa, como cinto de segurança, capacete de proteção e calçado de segurança. Além disso, a empresa não registrou o boletim de ocorrência, que foi registrado posteriormente pela família”.

Em contato com o mercado, o Fort esclareceu que tem atuado junto com a empresa terceirizada em que Fernando trabalhava. A nota ainda relata que o mercado se solidariza com a família e outros esclarecimentos serão repassados para as autoridades competentes.