Márcio Moreira, de 25 anos, morto na tarde desta quinta-feira (14), em Amambai, teria sido vítima de uma emboscada. Lideranças indígenas de região afirmam que Márcio foi vítima de uma emboscada, que teria contado com cerca de 20 pessoas. Ele estava acompanhado de outros quatro indígenas.

A vítima era um dos líderes Tekoha Gwapo’y Mi Tujury, em Amambai. Líderes indígenas, que preferiram não se identificar, relatam que Marcos teria sido contratado para realizar um trabalho de construção. Ele e outros quatro colegas foram ao local onde o crime ocorreu para iniciar a construção de um muro.

No local, o grupo teria percebido que se tratava de uma emboscada e teriam encontrado cerca de vinte pistoleiros. Marcos foi morto com tiros e também um golpe de faca, um dos seus colegas foi atingido, mas sobreviveu. Outros dois seguem desaparecidos.

No momento, um grupo de líderes segue para o local e informou que a população indígena local segue em alerta. O caso, que é investigado pela polícia, ocorre 20 dias após o confronto entre indígenas e policiais militares, que resultou na morte de Vitor Fernandes, de 42 anos.

Conflito indígena em Amambai

Os confrontos entre índios e a PMMS (Polícia Militar de MS) começaram no dia 19 de junho, na aldeia de Amambai. Eles pediam apoio para providências na área de retomada, por questões de conflitos internos.

A ação do Batalhão de Choque aconteceu após o povo da etnia Guarani e Kaiowá retomar uma parte do território de Guapoy, em Amambai. Os militares foram enviados à região e houve conflito. Uma semana depois do confronto, a Justiça Federal convocou representantes para a audiência desta segunda-feira.