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Polícia

Há três anos, amante era encontrado morto em cela após assassinar mulher em Campo Grande

Ele chegou a ficar foragido por mais de um mês
Renata Portela -
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Fábio quando foi preso - Foto: Marcos Ermínio/Arquivo Midiamax

Há quase três anos, no dia 30 de julho de 2019, o pintor Fábio Braga do Amaral, de 39 anos, era encontrado morto em uma das celas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ele foi preso dois dias antes, pelo feminicídio de Érica Aguilar Pereira, de 38 anos, em .

Érica Aguilar foi morta no dia 11 de junho em Campo Grande por Fábio, que estaria mantendo um relacionamento extraconjugal com a vítima. A filha dela contou para a polícia que, na data do crime, Fábio passou na casa da família, pegou a vítima e os dois filhos dela e deixou eles em um local para lanchar. Ele pagou a conta e depois voltou para buscar os três.

A adolescente de 15 anos entrou com o irmão no quarto para dormir e escutou a e o pintor conversando, mas não ouviu nada suspeito. Momentos depois, a menina acordou com Fábio só de cueca tentando asfixiá-la com uma espécie de manta. Nesse momento Fábio se vestiu e fez sinal para que ela ficasse quieta.

Ele pediu para que a adolescente pegasse um boné, mas ao retornar a menina encontrou a mãe sem os sinais vitais. A filha de Érica contou que já fazia um tempo que Fábio e a mãe não se encontravam.

Pintor fugiu após feminicídio e foi preso no interior

Fábio foi preso em na manhã de 28 de julho, um domingo, por equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações). Ele estava trabalhando e morando na cidade do interior e foi preso quando chegava em uma casa em construção, onde estava trabalhando.

O homem foi levado para a delegacia de Polícia Civil de Bodoquena e no dia seguinte encaminhado para Campo Grande. Ao chegar na , Fábio disse que não tinha intenção de matar Érica e, no dia do crime, a vítima teria tentado pular do apartamento dizendo que iria chamar a mulher dele.

O pintor ainda disse que Érica queria ficar com ele, mas havia se recusado por ser casado. Conforme relato do suspeito, houve tentativa de tapar a boca da vítima, que estava gritando na janela, em um momento de desespero, e que ainda tentou reanimá-la ao perceber que ela havia desmaiado.

Fábio contratou advogado, combinou de se entregar no dia 13 de junho, dois dias após o crime, mas desistiu e fugiu. Desde então, a Polícia Civil pediu a preventiva, que foi deferida pela Justiça.

Encontrado morto em cela

Pintor foi encontrado morto em uma cela da Deam
Arquivo/Midiamax

Na tarde de terça-feira (30), Fábio foi encontrado morto em uma das celas da Deam. Na época a polícia esclareceu que ele teria se enforcado com o próprio casaco. Em Bodoquena, antes de ser preso, o pintor chegou a entrar em contato com a família dizendo para a irmã que estava bem e não queria se apresentar por medo de ir para um presídio.

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