A delegada titular da DAM (Delegacia de Atendimento à ) em contou durante depoimento que se sentiu muito constrangida e invadida, após ser vítima de importunação sexual dentro de um restaurante na cidade, onde estava com o marido, também delegado de polícia.

Ela contou que trabalha na área há oito anos e que já atuou em diversas investigações envolvendo assédios e importunação sexual, mas que nunca se imaginou passar por tal constrangimento.

A vítima relatou que estava com o marido no restaurante e que ficaram por cerca de 30 minutos, quando ele foi até o caixa pagar a conta, momento em que o suspeito, que é comandante da Rodoviária, se aproximou e disse: “Faz marquinha e fica aí tentando esconder”, passando a sorrir de forma maliciosa. Sem entender, a mulher questiona o que ele disse e o homem repete, olhando em direção as suas partes íntimas.

Ainda segundo a delegada, ela estava de calça jeans, usando vestes ‘normais’ para o ambiente em que estava e mesmo que não estivesse não haveria justificativa para tal ato. Ela ainda afirmou que se o comentário não fosse de cunho libidinoso, assim como expressão libidinosa, teria achado inoportuno, porém, não teria causado constrangimento.

A delegada então perguntou o nome do suspeito, mas ele se negou a falar. O marido dela chegou e questionou o que estava acontecendo, quando a mulher contou o que o homem havia dito, sendo negado pelo autor. O tenente afirmou que era comandante da PMR e que não havia dito nada a mulher, debochando da situação.

O marido da delegada, então, deu voz de ao homem por importunação sexual. Em deslocamento para a delegacia, o comandante da PMR afirmou que apenas teria cumprimentado a delegada.

Na 1ª DP, ao ser questionado pelo delegado do porquê a esposa estaria inventando tal situação, o tenente o respondeu: “Vai tomar no c*”.

O delegado regional e o Comando da foram avisados da situação. O homem a todo momento insistia em dizer que havia apenas a cumprimentado.

Ainda na delegacia, a vítima voltou para pegar o celular que havia esquecido, quando o suspeito perguntou se ela tinha se “acalmado”.

Durante o interrogatório, o comandante exerceu o direito de ficar em silêncio e permaneceu calado.