Um de , município a 225 quilômetros de Campo Grande, é investigado por assédio e abuso contra uma servidora. A vítima denunciou à polícia que os crimes teriam acontecido no local de trabalho, uma das bases da Guarda Municipal daquele município.

Segundo relato da vítima, ela trabalhava na limpeza do local, por meio de empresa terceirizada. Os crimes teriam acontecido no mês de março, sendo que naquele dia 3 a mulher foi trabalhar com uma blusa de manga curta, sem o uniforme, quando o guarda disse que ela deveria “ir trabalhar mais vezes sem uniforme”.

A mulher nada disse e foi embora do local. Já no dia seguinte, a guarda superior que atuava naquela base precisou sair por volta das 8 horas e passou o dia fora. Ela disse para a funcionária que ficaria trabalhando com o guarda suspeito e que, se precisasse de algo, poderia pedir a ele.

Após terminar o serviço, a vítima ficou sentada em um banco, na recepção, aguardando o horário de ir embora. O suspeito estava em uma mesa, de frente para ela, e teria dito que “se arrepiava quando ela chegava perto dele”. Ele ainda fechou as portas do posto de atendimento, quando a vítima pediu para que ele abrisse novamente.

Mais uma vez o guarda disse que se arrepiava perto da vítima. Ele seguiu para a cozinha e pediu que a mulher a seguisse, mas ela se negou. Assim, o suspeito voltou e sentou de frente para a mulher mais uma vez. Alguns minutos depois, a funcionária se levantou e foi até a cozinha pegar um lanche, quando foi seguida pelo autor.

Já na cozinha, o guarda começou a abraçar a mulher, que o segurava para que não se aproximasse e tentava se esquivar. O suspeito então pediu um beijo para a vítima, que disse não. Segundo ela, o homem insistia muito em abraçar a vítima e chegou a passar as partes íntimas na vítima.

A mulher conseguiu se desvencilhar e saiu do posto de atendimento. Ela telefonou para a guarda que é responsável pelo local e disse que já tinha terminado o serviço, pedindo para ir embora mais cedo. Depois disso, ela acredita que a guarda tenha desconfiado do ocorrido. A funcionária conversou com a chefe, da empresa terceirizada, e pediu para não trabalhar mais naquele local, porque não se sentia segura.

Por medo, ela pediu para a chefe não contar nada. No entanto, o caso foi denunciado à Guarda Municipal de Dourados. O caso também foi registrado na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) do município e a vítima solicitou medida protetiva de urgência, já que teme que o guarda possa fazer algo contra ela, “porque ele é uma autoridade”, disse a vítima.

O caso segue em investigação pela Polícia Civil e o inquérito tramita em sigilo.

O que diz a Guarda

Em nota, a Guarda Municipal de Dourados, por meio da diretora-geral Liliane Graziele Cespedes de Souza Nascimento, informou que “A Guarda Municipal de Dourados não coaduna com irregularidades praticadas no serviço público ou com situações incompatíveis com a função; e que, por esta razão, assim que tomou conhecimento deste fato, foram determinadas as providências administrativas cabíveis ao caso e a sua apuração imediata, o que já está sendo feito pela Corregedoria da Instituição”.