Em protesto, bolivianos fecham fronteira com Corumbá; há uma morte confirmada

Manifestações começaram à meia-noite. Várias pessoas ficaram feridas e uma morreu na fronteira com Corumbá

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(Foto: El Deber)

A fronteira da Bolívia com Corumbá amanheceu fechada nesta sábado (22). O motivo é um protesto no país vizinho em repúdio ao Decreto Supremo 4760, que adia o Censo de População e Habitação para 2024. A exigência é de que o Censo seja em 2023. Uma pessoa morreu e várias outras ficaram feridas.

Desde a meia-noite de hoje, diversas fronteiras da Bolívia foram fechadas. Nas primeiras horas desta manhã, havia pouco fluxo de veículos, uma forte presença policial em algumas áreas e grupos ligados ao MAS tentando desbloquear. Há confrontos em vários pontos do país. Em Puerto Quijarro, em Santa Cruz, na fronteira com Corumbá, houve briga entre a população a favor dos protestos e os que são contra. Uma morte foi registrada, segundo a polícia.

A morte de Julio Pablo Taborga, mais conhecido como ‘viborita’, morador de Arroyo Concepción, foi confirmada pelo comandante de fronteira da polícia de Puerto Suárez, coronel Nelson Pacheco Barrios.

Conforme apurado pelo El Deber, vários militares estão em Puerto Quijarro, porém devido ao número de manifestantes, tanto a favor quanto contra, a situação chegou ao extremo.

Os confrontos, que começaram antes mesmo da meia-noite, se espalharam nas redes sociais. Os vídeos mostram como um grupo de pessoas se preparou para evitar o bloqueio daqueles que pretendiam iniciar a greve e, como resultado, a briga eclodiu, e terminou com feridos e uma morte.

“Vimos a morte de uma pessoa nas redes sociais, estamos tentando nos comunicar com o cidadão da área, mas o fato é lamentável, independentemente de ele apoiar ou não a greve”, disse o segundo presidente cívico de Santa Cruz, Stello Cochamanidis.

O comandante da fronteira salientou que deverão se reunir para evitar outros confrontos e incidentes durante os dias da greve por tempo indeterminado.

Bloqueio na zona sul de Montero (Foto: Juan Carlos Fernández)