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Polícia

Dupla que estava com pistoleiro de Minotauro em tabacaria deve se apresentar à polícia, diz defesa

Suspeitos atiraram contra um militar do Exército no estabelecimento
Renata Portela -
(Reprodução)

Dois dos três homens filmados atirando contra um militar do Exército na madrugada do último sábado (28), em uma tabacaria na Rua Euclides da Cunha, em , devem se apresentar. Eles alegam que não são membros de facção criminosa e o advogado de defesa está em contato com a polícia para negociar a apresentação.

Segundo o advogado Eduardo Rodrigues, a informação é de que o militar do Exército teria sacado a arma de fogo para os acusados dentro da tabacaria. Até o momento, o militar não teria sido ouvido na delegacia e também ainda não foi instaurada portaria.

Os dois envolvidos representados pelo advogado afirmam que não têm envolvimento com facção criminosa e estão dispostos a se apresentarem e colaborarem com as investigações. O Midiamax noticiou na segunda-feira (30) que o terceiro envolvido seria pistoleiro de facção criminosa.

Pistoleiro preso por assassinato

Pistoleiro acusado de atirar várias vezes contra o militar do Exército já foi preso pelo assassinato de Laura Casuso, em 12 de novembro de 2018. Laura era advogada de Jarvis Pavão e foi morta por pistoleiros de Sergio Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os três homens apontados como autores dos disparos de arma de fogo são de e têm 25, 27 e 28 anos. O mais velho estava preso ainda em 2020, cumprindo pena pelo assassinato da advogada. Além dele, Júlio César Gomes, Rafael de Souza, Felipe Diogo Fernandes Dias, Ailton Botelho dos Santos e Luciano de Souza Martins também são réus pelo crime.

Os seis executores foram presos em fevereiro de 2019 e ficaram presos em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã em um forte esquema de segurança.

Áudios da advogada

Antes de ser executada, Laura — que além de Pavão defendia — teria gravado vários áudios, divulgados pela imprensa paraguaia. Nos áudios, a advogada falava sobre o envolvimento da alta cúpula da polícia na proteção a Minotauro, dando trânsito livre ao narcotraficante e controle da região.

Laura teria deixado um áudio onde expunha o general Piñanez que a teria advertido para que ficasse quieta, pois poderia sofrer consequências. Segundo o que foi noticiado na época, o diretor da Secretaria Nacional Antidrogas, Arnaldo Giuzzio, teria dito que Laura foi executada como queima de arquivo, já que tinhas muitas informações por ser ligada aos líderes e cabeças do narcotráfico.

Morta a tiros por pistoleiros

A advogada foi executada com mais de 10 tiros, que atingiram o abdômen, tórax, pescoço e membros superiores, causando lesões vasculares e múltiplas fraturas. Ela chegou a ser socorrida e passar por cirurgia, mas não resistiu e morreu.

Imagens de câmeras de segurança gravaram o momento da execução de Laura. Nas imagens, é possível ver quando os pistoleiros chegam em uma camionete, de cor preta, e Laura saía de uma casa. Um dos homens desce e faz vários disparos contra ela, que cai na calçada. Em seguida, eles fogem.

Confusão e tiros em tabacaria

O caso aconteceu na madrugada do sábado. O cliente que estava no local retira duas armas da cintura para ‘intimidar’ o militar do Exército, que está dentro do estabelecimento, em um deck. Eles teriam se identificado como membros de facção ao rapaz durante a briga.

Pelas imagens, é possível ver quando os homens começam a discutir do lado de fora com o militar. Um deles, que está com um copo de bebida nas mãos, arremessa o conteúdo contra os clientes do local.

Eles passam a discutir e depois dois atravessam a rua enquanto o terceiro, que está com duas armas, faz os disparos contra as pessoas, que estão na frente da tabacaria. Eles vão ao carro e voltam, sendo que dois deles seguem atirando. Depois, voltam correndo ao carro e fogem.

Imagens divulgadas pela de Campo Grande mostram quando o carro, um Chevrolet Cruze blindado, entra na Rua 14 de Julho, uma das principais vias da cidade na contramão. Em seguida, o veículo encontra uma viatura que fazia rondas pela área central.

Os agentes descem do carro para abordarem o condutor, que até faz menção de descer. Porém, ele acelera o carro e foge do local.

Carro abandonado

Após a confusão na tabacaria e pela área central da cidade, o trio de suspeitos abandonou o Cruze blindado na região da Orla Morena, em Campo Grande. Os suspeitos foram identificados logo após o crime, como moradores em Ponta Porã.

No carro, foi encontrada a cópia de um RG. O proprietário da tabacaria relatou à Polícia Civil que a confusão teria começado com os envolvidos “se esbarrando” no estabelecimento. A vítima — que é militar do Exército — teria levantado a camisa e mostrado uma pistola 9 milímetros.

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