Detento que ordenou morte de Rikelmy responde por roubar arma de PM em barbearia

Comparsa no roubo foi pistoleiro contratado para o assassinato

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Reprodução)

Apontado como o homem que encomendou a morte de Rikelmy Lorran Figueiredo, de 22 anos, detento de 26 anos é réu pelo roubo da arma de um policial militar de Campo Grande. Na ocasião, ele tinha como comparsa o jovem – hoje com 18 anos – que foi quem contratou para assassinar Rikelmy.

O assalto aconteceu em dezembro de 2020, quando o acusado e o adolescente teriam roubado clientes de uma barbearia na Rua Bandeirantes, no Guanandi. Na ocasião, foi roubada a pistola Taurus com carregador do policial militar que estava no estabelecimento, além de celular e carteira.

Consta na denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que o réu estava armado com um revólver. No roubo, o autor ainda teria ameaçado atirar contra o policial militar, que acabou revistado pelo adolescente e teve a arma levada. Os suspeitos fugiram em um Vectra, levando os pertences.

Dias depois, a pistola roubada foi devolvida à Polícia Militar por um advogado. O acusado, de 26 anos, acabou encontrado e abordado, confessando o crime e apontando o adolescente como comparsa. Ele ainda confirmou que pediu para um advogado devolver a arma de fogo.

Ele responde pelo roubo majorado pelo emprego de arma de fogo e, atualmente, está preso em Campo Grande.

Ordenou morte de Rikelmy

Morte de Rikelmy foi encomendada por preso
(Foto: Divulgação)

As investigações da 5ª Delegacia de Polícia Civil concluíram que o detento foi quem ordenou a morte do jovem de 22 anos. Para isso, contratou o então comparsa de roubo, agora com 18 anos, além de um outro rapaz para o assassinato. A motivação seria uma foto que Rikelmy publicou nas redes sociais ao lado de uma jovem, que teria sido namorada do preso.

Os dois acusados de assassinarem o jovem foram presos na manhã de quinta-feira, mediante mandado de prisão. Um deles, que atuou no roubo junto com o mandante do crime em 2020, confessou mais dois assassinatos recentes em Campo Grande.

De acordo com o delegado Rodolfo Daltro, durante o depoimento, o acusado confessou ter assassinado Ryan Dionísio Ajala, de 19 anos, morto com vários tiros no dia 13 de fevereiro, na Nhanhá. Na época, testemunhas contaram que o autor chegou ao local e começou a conversar com Ryan.

Em certo momento, ele sacou uma pistola e efetuou um tiro contra o rosto do rapaz que caiu ao solo. No chão, o assassino efetuou aproximadamente mais cinco tiros contra o jovem. Depois disso, ele correu para fugir, porém retornou e deu mais um tiro na nuca de Ryan.

Outra vítima do autor foi Wenderson Felipe de Souza Gomes, de 27 anos, morto no dia 21 de abril, no Bairro Aero Rancho. Wenderson foi assassinado com pelo menos seis tiros. Sobre esse crime, o autor disse que tinha uma desavença com a vítima, que teria contratado um pistoleiro para matá-lo.

Assim, para evitar ser morto ele resolveu matá-lo. O autor ainda é investigado por outra morte ocorrida neste ano.

Presos pelo assassinato

Os dois presos chegaram a tentar despistar a polícia mostrando um GPS errado de outra motocicleta. Isso, para alegarem que não estavam no local do crime. De acordo com o delegado, quando os autores foram se apresentar na delegacia eles tentaram despistar a investigação mostrando uma rota errada.

Ainda de acordo com Daltro, a dupla tentou intimidar a garota da foto, pivô do assassinato, passando sempre em frente à casa dela para causar medo. Os dois têm passagens por homicídio. Os dois rapazes são conhecidos como ‘pistoleiros’ no bairro e conheciam Rikelmy, inclusive, todos moravam perto e na mesma região.

No dia do crime, Rikelmy disse a avó que ia sair para falar com um dos autores, sendo que o comparsa teria ficado escondido atrás de uma árvore e quando a vítima apareceu, ele fez os disparos. Rikelmy correu, mas acabou morrendo no meio da rua antes da chegada do socorro.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados