Após matar idoso em MS, filhos e genro repartiram aposentadoria da vítima

Três pessoas serão indiciadas por latrocínio e ocultação de cadáver; vítima é pai da indígena Raíssa, que foi estuprada e teve o corpo jogado no mesmo local

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Vítima foi encontrada morta – Foto: Sidney Lemos

Dois filhos e também o genro participaram diretamente do assassinato do idoso Alonso Cabreira, de 89 anos. Depois de passarem três dias bebendo com a vítima, eles pediram mais dinheiro e diante da recusa passaram a bater nela. Em seguida, deram golpes de faca até à morte.

O corpo de Alonso foi levado na segunda-feira (28) para a pedreira desativada que fica na Aldeia Bororo, na Reserva Indígena Federal de Dourados. O local é o mesmo onde a menina Raíssa Cabrera foi jogada depois de ter sido estuprada coletivamente.

Segundo informações do delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Erasmo Cubas, a polícia agiu rapidamente e conseguiu prender três filhos e o genro da vítima. Entretanto, uma das mulheres não teve participação no crime.

“Três pessoas, entre elas um filho e uma filha, serão indiciadas por latrocínio e também por ocultação de cadáver”, explicou o delegado. Segundo ele, os acusados ficaram bebendo com o idoso e depois de terem cometido o crime dividiram o dinheiro de sua aposentadoria, estimado em torno de R$ 800 para comparar mais bebidas.

Informações de que Alonso também teria feito um empréstimo no valor de R$ 4 mil foram levantadas, mas até o momento não foram confirmadas. Ainda segundo o titular do SIG de Dourados, o crime foi cometido com a mesma faca.

Pai de Raíssa que também foi morta na pedreira

Alonso é pai de Raíssa da Silva Cabreira, de 11 anos, que foi estuprada e assassinada brutalmente na mesma pedreira. O tio da menina foi preso na época e encontrado morto no Presídio Estadual de Dourados dias depois.

A menina não morava com a mãe e o tio estava dormindo, bêbado, quando ela foi arrastada por adolescentes, também apreendidos, por volta das 22 horas do dia 8 de agosto de 2021.

Até o horário que indígenas da Aldeia Bororó encontraram o corpo dela, caído de um paredão de 20 metros, passaram-se cerca de 8 horas.

Ainda conforme a Polícia Civil, o tio foi procurar Raíssa porque ela não estava em casa. Dois dos três adolescentes apreendidos levaram a menina de casa, à força.

“Ao que se sabe ela estava gritando e pedindo ajuda. O tio chegou ao local quando tudo já estava ocorrendo”, afirmou o delegado Erasmo Cubas, do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Dourados.

Além do tio e dos adolescentes, Leandro Pinosa, de 20 anos, foi preso. O tio, que já abusava da menina desde os 5 anos dela, flagrou o momento em que os quatro acusados do crime estupravam a menina.

Ele acabou participando da sessão de estupro contra a sobrinha que havia sido arrastada para o local pelos autores, que planejaram o crime de estupro.

Ainda de acordo com o delegado, os acusados embebedaram a criança para continuar a cometer os abusos. Quando ela recobrou a consciência e tentou se desvencilhar dos autores, foi arrastada para a beirada da pedreira.

A menina teve os braços quebrados quando tentava se defender e foi jogada viva de uma altura de 20 metros. Três adolescentes, o jovem e o tio da criança foram detidos e levados para a delegacia.

Quando o tio foi questionado sobre os motivos que o levaram a cometer o crime, ele disse que estava bêbado. O laudo do exame feito na vítima constatou o estupro. Ela tinha lacerações nos órgãos genitais.

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