A Aeronáutica instaurou um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) contra o militar Tamerson Ribeiro de Souza Lima, acusado de matar a esposa Natalin Nara Garcia Freitas Maia, de 22 anos. O crime aconteceu na madrugada do dia 4 de fevereiro, na residência do casal, na Rua Dorothea de Oliveira, no Residencial Oliveira.

O procedimento foi instaurado e foi feito pedido de acesso ao processo pelo Comandante da Base Aérea, Brigadeiro Clauco Fernando Vieira Rosseto. O acesso ao processo foi liberado na última sexta-feira (11) para a instauração do procedimento.

O carro onde o corpo de Natalin teria sido transportado deverá ser periciado novamente já que não foram encontrados vestígios de sangue. No relatório feito pela perícia, foi descrito que foram encontrados no porta-malas cadeiras de praia, mochila, três sacolas, um rolo de papel higiênico, mas vestígios de sangue, fios de cabelo ou sujidades que demonstrassem que havia sido transportado um corpo no veículo não foram encontrados. 

Com isso, foi sugerido pela perícia que o carro fosse apreendido para que o carpete fosse retirado do porta-malas para nova análise para uma resposta mais precisa quanto a material biológico não visto a olho nu. A primeira audiência do caso foi marcada para abril deste ano, onde serão ouvidas as testemunhas de acusação. 

Denúncia

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Tamerson e Natalin conviviam maritalmente há quatro anos e tinham uma filha. Naquele dia, a vítima chegou em casa de madrugada e o casal teve uma discussão, quando Tamerson estrangulou a esposa com os braços, em um golpe de ‘mata-leão'.

Natalin foi morta por asfixia mecânica. A filha do casal esteve na residência todo o tempo, durante o crime. Tamerson então enrolou o corpo da esposa em um lençol e colocou no porta-malas do carro. Na manhã seguinte, ele ainda levou a filha de apenas 4 anos para a escola, com o corpo da mãe no veículo.

Depois, dirigiu até a Rodovia BR-060, onde desovou o corpo da esposa em um matagal. Ele foi denunciado pelo feminicídio qualificado pelo motivo torpe, na presença de descendente e emprego de asfixia, além da ocultação de cadáver. A denúncia foi recebida pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Foi designada audiência para ouvir testemunhas de acusação para o dia 19 de abril. Tamerson está preso na Base Aérea de desde o dia 6, quando foi detido em após o corpo de Natalin ser encontrado.