Advogados e servidores ajudavam PCC a articular atentado contra promotor e juiz de Campo Grande

Grupo foi alvo de operação do Gaeco em cidades de MS

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Operação cumpriu mandados em Campo Grande e no interior (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) realizada nesta sexta-feira (25) cumpriu mandados contra advogados, servidor do Poder Judiciário, servidor da Defensoria Pública e também um policial penal. Outras pessoas também foram alvos em Campo Grande, Dourados, Jardim e Jaraguari.

A ação, denominada Courrier — correspondência —, cumpriu ao todo 38 mandados judiciais, sendo 6 deles contra advogados. Conforme o Gaeco, a operação mira o núcleo ‘Sintonia dos Gravatas’, célula do PCC (Primeiro Comando da Capital) em que advogados usam de suas prerrogativas constitucionais para transmitirem recados aos faccionados presos, daí o nome da operação.

Ainda de acordo com o Gaeco, o grupo criminoso estaria articulando atentados contra a vida de agentes públicos, entre eles promotor do Gaeco e um juiz de Direito de Campo Grande — ao menos dois advogados foram alvos. Um deles foi preso no condomínio Acqua Verano, na Avenida Rachid Neder. Ele é defensor de um dos suspeitos de envolvimento na morte do garagista Carlos Reis Medeiros, conhecido como ‘Alma’, que desapareceu no dia 30 de novembro de 2021.

Já na rua Sebastião Lima, na residência onde mora um casal, policiais cumpriram dois mandados, sendo um de busca e apreensão e um de prisão. Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Batalhão de Choque, Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) também atuam na operação.

Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) disse não comentar investigações em andamento. “A OAB está acompanhando o caso por meio da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas, presidida pela Advogada Silmara Salamaia”.

A Defensoria Pública de MS informou em nota que o servidor alvo da operação não é defensora ou defensor público. “A Defensoria informa, ainda, que acompanha o caso que cita o servidor, aguarda por mais informações a respeito da operação e está à disposição para colaborar com as instituições que realizam a investigação no que for necessário”.

*Matéria editada para acréscimo de nota

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