Acusado de participar de atentado contra agente penitenciário a mando do PCC é preso

Crime aconteceu em 2016 e réus foram condenados

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Fabiano foi preso pela Polícia Civil – Divulgação

Nesta sexta-feira (10), Fabiano Nere Santana, de 31 anos foi preso acusado de participação na tentativa de homicídio contra um agente penitenciário em agosto de 2016 em Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande. O atentado foi atribuído ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e quatro réus já foram condenados pelo crime.

De acordo com a Polícia Civil, Fabiano é acusado de ser um dos executores da tentativa de homicídio e estava foragido. Ele seria um dos autores dos disparos que atingiram o agente e o único que ainda não tinha sido preso.

Condenados pelo atentado

Em outubro de 2021 aconteceu o julgamento, por júri popular, presidido pelo juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados. Foram julgados Edson dos Santos Bonfim, de 27 anos, Lucas Silva Pimentel, 25 anos, Julio César de Souza Rocha, de 29 anos e Cláudio Peralta Bernal, de 31 anos.

Conforme sentença, Cláudio foi condenado a 18 anos e 1 mês, em regime fechado, Júlio também a 18 anos e 1 mês em regime fechado, Edson a 14 anos, 11 meses e 15 dias em regime fechado e Lucas a 12 anos, 10 meses e 15 dias, em regime fechado.

Crime ordenado pelo PCC

Atentado foi ordenado pelo PCC
Agente foi alvo do atentado – Arquivo

Na época, o atentado foi atribuído em alusão às comemorações do ‘aniversário’ do PCC, que acontece em 1º de setembro. O fato ainda aconteceu menos de um mês após a rebelião no Presídio de Segurança Máxima daquele município. Naquela última quarta-feira de agosto, o agente seguia de motocicleta logo após deixar o filho na creche quando sofreu uma emboscada.

Quatro rapazes em outras duas motos passaram por ele atirando e dispararam cinco vezes, o atingindo quatro vezes. A ação foi filmada por uma câmera de segurança e durou menos de 10 segundos. O agente foi socorrido e levado ao hospital de Dourados com ferimentos no abdômen, pernas e coluna.

Ele estava consciente e o estado de saúde era delicado, sendo que ele permaneceu internado por algum tempo e três meses depois fazia tratamento em Brasília (DF) por conta das sequelas. Por conta dos ferimentos, o agente ficou paraplégico.

Ato premeditado pela facção

As primeiras investigações deram conta que o crime teria relação com a rebelião no Presídio de Segurança Máxima de Naviraí, onde o agente trabalhava desde 2011. Áudios interceptados na época apontavam que os membros da facção combinavam o crime de diferentes cidades do interior de Mato Grosso do Sul e até de outros estados.

Ao todo, 18 envolvidos no crime foram identificados e ações entre Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal ocorreram no decorrer dos meses para efetuarem as prisões. Dois anos após o atentado, em 30 de agosto de 2018, o juiz determinou que os réus passem por tribunal do júri, que ainda não teve datas marcadas.

Conteúdos relacionados