A Polícia Civil do Paraná investiga se José Soroka, serial killer preso no último sábado (29) em (PR), é o autor do homicídio do médico Sergio Roberto Savytzky, em agosto de 2016. A vítima foi encontrada morta no apartamento e o crime se assemelha aos descobertos em 2021, incluindo a morte do campo-grandense Marco Vinício Bozzana da Fonseca.

José Tiago já foi questionado pela DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) sobre o fato, mas nega o crime. No entanto, imagens das câmeras de segurança na época do homicídio revelam um autor semelhante a Tiago. Na época, um representante comercial que era paciente do médico chegou a ficar preso pelo homicídio.

O médico Sergio Roberto foi assassinado da mesma forma que as últimas vítimas de Tiago, mediante asfixia por esganadura. O advogado Claudio Dalledone, que defende o paciente preso na época dos fatos, contou ao site Banda B FM que o carro do médico chegou a ser levado no dia do crime e encontrado no mesmo bairro em que Tiago foi preso no sábado.

O advogado ainda revelou que Tiago Soroka tentou se consultar com Savytzky. Para a polícia, Tiago nega o crime e ainda diz que não teria problema nenhum em confessar, já que não faria diferença. Ao delegado Thiago Nóbrega, Soroka chegou a afirmar que não contaria os outros crimes, apenas aqueles que fossem descobertos pela polícia.

O delegado chegou a perguntar quantas vítimas ele teria feito, se 5, 10, 20. Em resposta, ele disse “É, por aí”. Segundo o delegado Nóbrega, o criminoso deixou vaga a resposta, por isso a polícia acredita que possa existir muitas outras vítimas que sobreviveram e que não procuraram a polícia.

Prisão

O autor confesso dos três latrocínios foi preso na manhã de sábado, em Curitiba, no Bairro Capão Raso. Tiago é responsável pelas mortes de David Júnior Alves Levisio, ocorrida no dia 27 de abril e Marco Vinício Bozzana, morto no dia 4 de maio, ambas na capital paranaense. Ele também é acusado do latrocínio de Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, em Abelardo da Luz (SC).

Ainda no dia 11 de maio, ele tentou matar mais um homossexual, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Na ocasião, a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens subtraídos. As três vítimas eram homossexuais e moravam sozinhas. Os três homens foram encontrados mortos na cama de suas residências com sinais de asfixia e tiveram pertencentes roubados.

De acordo com as investigações, Tiago marcava os encontros por aplicativos de relacionamento entre homossexuais. Em um primeiro momento, ele trocava fotos com as vítimas e depois ia até a residência das vítimas. Ao chegar no o local as estrangulava. Após o sufocamento ainda as cobria com cobertas.

Após a prisão, Soroka disse para a polícia que a intenção era de matar uma vítima por semana e que as vítimas eram todas homossexuais, por escolha dele.