José Correia Soroka, preso na manhã deste sábado (29) em Curitiba, foi ouvido pela polícia e confessou três latrocínios e uma tentativa. Entre as vítimas está o campo-grandense Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, de 25 anos, e o autor revelou que a intenção era de matar um homossexual por semana.

Para a Polícia Civil, o acusado revelou que só parou de praticar os crimes após ter a foto divulgada pela imprensa. Ele confessou os três latrocínios, de Marcos, também do professor universitário Robson Paim, de 36 anos, em Abelardo Luz (SC), em 17 de março e do enfermeiro David Levisio, de anos, em 30 de abril.

Ainda conforme o portal UOL, o acusado também confirmou a tentativa de homicídio contra uma quarta vítima, também homossexual, no dia 11 de maio em Curitiba. Foi a partir deste crime que José foi identificado. Após a DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) divulgar a foto de José, ele parou de cometer os crimes por medo de ser reconhecido.

Soroka ainda revelou que pretendia matar uma vítima por semana, porque os bens e dinheiro que roubava duravam poucos dias. Todas as mortes aconteceram em terças-feiras e José se aproximava das vítimas através de aplicativos de relacionamento.

“Ele não marcava data. As terças-feiras eram coincidência, mas se programou para fazer um homicídio por semana para se manter financeiramente com o que pegava de pertences. Disse que estava gastando muito com drogas. Como durava apenas uma semana, precisava matar para roubar”, comentou ao UOL o delegado Thiago Nóbrega, da DHPP.

Ainda no depoimento, José Tiago não quis informar a motivação para escolher as vítimas homossexuais, mas a análise psicológica preliminar da Polícia Civil identificou que ele tem um “trauma não resolvido”. Para o psicólogo que acompanhou o depoimento, o acusado “matava fora o que o matava por dentro”.

Tiago escolhia as vítimas homossexuais para matá-las e se aproveitava das mortes para cometer os roubos. Segundo o delegado, em nenhum momento o acusado cogitou assassinar mulheres ou homens heterossexuais, dando a entender que gostava de matar homens gays. Sem advogado, Soroka afirmou que não fazia questão de um defensor, porque iria confessar tudo.

No relato, ele revelou ainda que tem outras vítimas, mas que só falaria sobre as que foram investigadas. “É bem frio e calculista”, afirmou o delegado.