A segunda ossada no cemitério relacionado ao PCC (Primeiro Comando da Capital), no Jardim Santo Eugênio, nesta quarta-feira (14), foi encontrada após buscas com o condutivímetro, equipamento utilizado pela perícia que mede o campo eletromagnético do solo. A princípio, se trata de uma ossada completa, que implica em uma nova vítima.
Acompanham as buscas o perito criminal Cícero Vagner, responsável pelo manuseio do aparelho, e também o professor Ary Tavares, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que tem a cautela do condutivímetro. O perito esclareceu que foi feito mapeamento da região, encontrando três pontos onde poderia haver outros corpos.
Segundo Cícero, foi feita análise no local da primeira ossada, medindo os níveis de sais e de chorume no solo. Com isso, eles mapearam e compararam os resultados em outros pontos. Em um primeiro local, foram encontrados apenas entulhos e metais. Já no segundo local, foi encontrada a ossada nesta quarta-feira.
Inicialmente, seria uma ossada completa, que estava em uma cova rasa. As equipes utilizavam uma retroescavadeira e foi localizado parte do tórax e braços da vítima, que estavam fraturados. Não há confirmação sobre a origem do trauma, se provocado antes da morte da vítima ou pelo maquinário. Agora, as equipes escavam o local.
Uma camiseta também foi encontrada. Ainda não foi finalizada a escavação, que deve acontecer no decorrer da tarde, mas a suspeita é que se encontre toda a ossada. Além da Perícia, estão no local equipes da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e da Polícia Militar.
A segunda ossada estaria em um local a aproximadamente 50 metros da primeira, encontrada no dia 5 de julho, do outro lado do córrego que passa pela região. A Polícia Civil, por meio da DEH, localizou o cemitério que estaria ligado ao PCC após investigações. Até o momento, não foi identificada se a primeira ossada seria de homem ou de mulher e é aguardado laudo.
