A Polícia Civil, através da Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher), analisa mais 10 imagens de câmeras de segurança para confrontar no depoimento do namorado de 19 anos, Mariana Vitória Lima que acabou morrendo atropelada por ele, na madrugada de sábado (15), na Via Park.

Segundo a delegada Joilce Ramos, com estas novas imagens será possível ver se houve ou não a troca de volante como foi dita pelo rapaz em um primeiro depoimento ainda na especializada no dia do acidente, quando relatou que o casal estava ‘brincando’ de subir no capô do veículo Etios que era de Mariana.Ele está preso e passa nesta segunda-feira (17) por audiência de custódia, quando deve ou não ser decidida pela sua prisão preventiva.

O acidente

O casal estava junto há quatro meses. Eles foram à festa de um primo do jovem de carona. Após o evento, se dirigiram para a casa da vítima e saíram em um Toyota Etios para lanchar.

Como o estabelecimento estava fechado, eles decidiram ir para o apartamento do rapaz, no bairro Mata do Jacinto. O condutor deu duas versões diferentes sobre a colisão.

Na primeira, a jovem subiu no capô durante uma brincadeira. Na outra, ela tomou essa atitude para evitar que o rapaz dirigisse, por estar embriagado. À PMMS (Polícia Militar), ele declarou que os dois beberam vodca com energético na festa do amigo.

Em continuidade ao relato, o rapaz afirmou que estava na Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, sentido Via Park, quando perdeu o controle do carro em uma curva.

E neste momento bateu o carro em uma árvore e depois de um poste parando cerca de 30 metros à frente. Ele ainda revelou que após o acidente, pegou a namorada, que estava desacordada, nos braços e a colocou no asfalto. O jovem diz que passou a acenar para motoristas que passavam no local pedindo por socorro.

Em seguida apareceu um carro de cor preta, e o condutor acionou o socorro. Mariana teve múltiplas fraturas, uma delas no pescoço e havia marcas de pneu na barriga do jovem. O primeiro registro na delegacia o autuou por feminicídio e embriaguez ao volante, já que o resultado do teste do bafômetro acusou 0,89 mg/l.