A (Ordem dos Advogados de Mato Grosso do Sul) irá acompanhar as investigações sobre a denúncia de estupro contra uma paciente de 36 anos no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). A vítima e a mãe procuraram a entidade na última sexta-feira (12).

“Ele pode ter tirado minha dignidade, mas não me matou. Enquanto eu viver, eu vou gritar o que ele fez”. É assim que a paciente de 36 anos estuprada por um profissional da saúde dentro do HRMS  em Campo Grande, relata como tem lidado após os abusos. Acompanhada da mãe e de um advogado, ela esteve na última quarta-feira (10) na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) para prestar depoimento.

A vítima estava internada por conta do coronavírus (Covid-19), quando na madrugada do dia 5 foi violentada por um enfermeiro. Alegando que iria passar um óleo pelo corpo dela, sob a justificativa de que iria melhorar a respiração e evitar lesões, o homem a violentou. Primeiro, espalhou a substância pelas costas dela e em seguida começou a tocá-la nas partes íntimas. Mesmo sem forças, ela reagiu e se debateu.

Em seguida, o autor saiu do quarto. A vítima conta que se sentiu constrangida, principalmente porque tinha medo de que não acreditassem na história. “Não é fácil denunciar, porque o julgamento das pessoas é pesado demais. Ouvi de médicas e enfermeiras que questionavam se eu não estava delirando. Me senti invisível. Ninguém tem direito de me tocar. Meu corpo não estava ali para ele brincar”, afirmou ela na delegacia.