Na quinta-feira (10), Wilson Benevides de Souza, de 30 anos, foi pronunciado por homicídio triplamente qualificado, além de dirigir embriagado e sem habilitação. Com isso, ele vai a júri popular pela morte da enfermeira Carla Jaqueline Miranda, de 40 anos, que ocorreu em janeiro deste ano.

Conforme a decisão do juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Wilson foi pronunciado por homicídio qualificado por meio cruel ou que possa resultar perigo comum, mediante recurso que dificulte ou torne impossível defesa do ofendido e para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime.

Ele também foi pronunciado por dirigir sob efeito de álcool e sem habilitação, crimes do CTB (Código de Trânsito Brasileiro). Assim, ele deve ser julgado por júri popular.

Pedido de absolvição

A defesa chegou a fazer pedido de absolvição do acusado, bem como de revogação da prisão preventiva. Em decisão, o juiz Aluizio Pereira dos Santos pontuou que Wilson agiu com dolo eventual, por assumir o risco de produzir um grave acidente e provocar a morte de outras pessoas, conforme consta na denúncia.

Isso, porque ele desrespeitou várias regras de trânsito. Sem habilitação, Wilson estava alcoolizado e dirigia em alta velocidade, além de ter feito ultrapassagem em local indevido, invadindo a contramão e atingindo a moto em que estava a vítima.

Acidente

O condutor contou que comemorava seu aniversário no dia 24 à tarde e teria ido ao Autódromo de Campo Grande, onde ingeriu bebida alcoólica e fez uso de maconha. Ele confirmou que depois seguiu até uma tabacaria, onde bebeu mais. Depois, quando levava o colega embora, viu a viatura da PM e fugiu por conta da documentação atrasada.

Os militares iniciaram acompanhamento tático, quando perderam o veículo de vista. Então, ao chegar no semáforo na rua Veridiana, o condutor da BMW acessou a contramão da via, onde ainda trafegou por cerca de 400 metros, quando atingiu frontalmente a Honda Biz, conduzida por Carla.

A vítima chegou a ser lançada a cerca de 10 metros da colisão e morreu no local. Já a Biz foi arrastada por cerca de 100 metros, permanecendo presa a BMW. O condutor ainda tentou fugir, mas colidiu contra o meio fio e parou. Ele fez o teste do bafômetro, que apontou 0,57mg/l.