Motorista de BMW que matou enfermeira em acidente tem liberdade negada

Ele fugia da polícia quando invadiu a contramão

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Foi negado pedido de revogação da prisão de Wilson Benevides de Souza, 30 anos, feito no dia 17 de maio. O réu está preso desde o dia 24 de janeiro, acusado de provocar o acidente que matou a enfermeira Carla Jaqueline Miranda, de 40 anos, no cruzamento da Rua Veridiana com a Avenida Prefeito Heráclito José Diniz de Figueiredo.

A defesa fez pedido de absolvição do acusado, bem como de revogação da prisão preventiva. A decisão do juiz Aluizio Pereira dos Santos foi inserida nos autos nesta quarta-feira (26). Conforme o magistrado, consta na denúncia que Wilson agiu com dolo eventual, por assumir o risco de produzir um grave acidente e provocar a morte de outras pessoas.

Isso, porque ele desrespeitou várias regras de trânsito. Sem habilitação, Wilson estava alcoolizado e dirigia em alta velocidade, além de ter feito ultrapassagem em local indevido, invadindo a contramão e atingindo a moto em que estava a vítima. Para o juiz, seguem presentes os requisitos necessários para manutenção da prisão preventiva.

É pontuado na peça que não é a primeira vez que Wilson pratica atos de violência, considerando que já tinha registro de violência doméstica contra a ex, inclusive com medida protetiva. Ele também já tinha passagens pela polícia desde adolescente, configurando a reiteração criminosa.

Na decisão, é dito que a postura de fugir da polícia já seria motivo suficiente para a manutenção da prisão, para aplicação da lei penal. Também foi demonstrada a gravidade concreta do crime, uma vez que a vítima morreu após sofrer politraumatismo e ter o corpo ‘despedaçado’, conforme citado nos autos.

Acidente

O condutor contou que comemorava seu aniversário no dia 24 à tarde e teria ido ao Autódromo de Campo Grande, onde ingeriu bebida alcoólica e fez uso de maconha. Ele confirmou que depois seguiu até uma tabacaria, onde bebeu mais. Depois, quando levava o colega embora, viu a viatura da PM e fugiu por conta da documentação atrasada.

Os militares iniciaram acompanhamento tático, quando perderam o veículo de vista. Então, ao chegar no semáforo na rua Veridiana, o condutor da BMW acessou a contramão da via, onde ainda trafegou por cerca de 400 metros, quando atingiu frontalmente a Honda Biz, conduzida por Carla.

A vítima chegou a ser lançada a cerca de 10 metros da colisão e morreu no local. Já a Biz foi arrastada por cerca de 100 metros, permanecendo presa a BMW. O condutor ainda tentou fugir, mas colidiu contra o meio fio e parou. Ele fez o teste do bafômetro, que apontou 0,57mg/l.

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