Três membros da PCC (Primeiro Comando da Capital) tiveram de ser transferidos da Penitenciária de Tacumbú, que fica em Assunção, capital do Paraguai, onde sete detentos acabaram mortos, entre eles alguns decapitados, depois da descoberta de um plano do grupo rival Clã Rotela de mais dentro do presídio.

Os membros da facção criminosa foram transferidos para o Grupo Especializado, já que o líder do Clã Rotela, Armando Javier Rotela Ayala de 38 anos havia determinado as decapitações de Edgar Penayo Rios de 41 anos, que foi condenado a 19 anos de prisão por uma série de roubos a caixas eletrônicos.

Outro membro do PCC jurado de morte e que estava na lista do grupo rival é Saulo Paulo Martinez Vera de 37 anos, condenado a 13 anos de prisão durante um a uma empresa, em fevereiro de 2016 onde pessoas foram feitas reféns. O terceiro nome da lista do Clã Rotela segundo o site ABC Color seria Ignácio Ramon Rodas de 19 anos.

Ignácio foi preso em agosto de 2019 pelo de Juan de La Cruz Rios, que estava junto de seu filho em uma quadra de futebol. Outros três membros do PCC ainda ocupam celas na penitenciária de Tacumbú, que foi palco de um motim, no dia 16 de fevereiro deste ano.

Novo diretor

Ministério da Justiça do Paraguai anunciou nesta terça-feira (23) a mudança na direção da Penitenciária de Tacumbá, principal unidade prisional do país. O nome novo diretor é Rodolfo Julián Bernadet, em substituição a Domingo Antonio Amarilla Florentín. A mudança é resultado de uma resolução assinada pela ministra Cecília Perez. No entanto, os motivos da troca ainda não foram divulgados.

Motim

O presídio tem sido palco de conflitos sangrentos entre grupos rivais e, na semana passada, ocorreu um motim que teve sete internos mortos. O fato ocorreu por conta da transferência de prisioneiros daquela unidade, entre eles Orlando Efrén Benítez, apontado como integrante do PCC e um criminoso de alta periculosidade. Ele seria retirado da prisão por conta de uma tentativa de fuga, que acabou sendo descoberta e frustrada. A princípio, a fuga ocorreria por meio de um túnel subterrâneo.

O presídio já abrigou Jarvis Chimenes Pavão, um dos fundadores do Narcosul, consórcio do tráfico de drogas na América do Sul, que antes de ser enviado ao Brasil, ocupava uma cela de luxo na unidade, com academia e cozinha particular. As instalações de Pavão eram tão aconchegantes, que autoridades almoçavam com ele durante visitas ao presídio.