Mandante de assassinato no Portal da Lagoa se apresenta à polícia e diz ter acompanhado autor

Yuri Salazar foi assassinado enquanto tomava tereré embaixo de uma árvore na última segunda-feira (24)

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O mandante do assassinato de Yuri Salazar Fialho, de 21 anos, morto na última segunda-feira (24) no Bairro Portal da Lagoa, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (27). Em depoimento, ele relatou ter acompanhado o autor dos disparos, que continua foragido.

Segundo o delegado Jeferson Rosa Dias, responsável pelas investigações, o autor intelectual do assassinato negou que tenha vendido motocicleta com restrições de furto ou roubo para Yuri. “Ele disse que como o outro rapaz devia para ele, falou que tinha apanhado do Yuri, e foram os dois no local onde se encontravam [os amigos e a vítima] e acabou executando”, afirma.

Ainda conforme explicado pelo delegado, a linha de investigação permanece a mesma, apurada inicialmente. O mandante responderá como autor intelectual do homicídio, foi ouvido e liberado, uma vez que a apresentação foi espontânea. O homem ainda confessou que os dois chegaram nas proximidades de carro, entraram no terreno onde estava a vítima, se seguiram a pé.

Descobriu que moto era furtada

Yuri foi atingido por pelo menos cinco disparos de arma de fogo. Os tiros, que seriam de revólver calibre 38 ou 357, atingiram a região do tórax da vítima, bem como braço e pescoço. Ele ainda teria tentado se defender do atirador.

No local, foi apurado pela polícia que Yuri tomava tereré com pelo menos três amigos, embaixo de uma árvore em um terreno cercado. Em determinado momento, o autor teria chegado e feito os disparos, próximo ao rapaz. O homicídio teria sido encomendado por uma terceira pessoa.

Conforme o delegado Jeferson, Yuri comprou uma Honda Fan há aproximadamente um ano e recentemente descobriu que o veículo era furtado. Com isso, teria se desentendido com o vendedor no domingo, o agredindo. O suspeito não teria gostado e, assim, acabou contratando um atirador para matar a vítima.

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Carro foi apreendido pelo GOI (Foto: Henrique Arakaki).

Carro usado no crime apreendido

No mesmo dia do assassinato, o GOI (Grupo de Operações e Investigações) apreendeu um Ford Fision Preto, usado pela dupla para chegar ao local do crime. O veículo foi encontrado na casa do tio do autor, onde também estava a esposa dele.

Durante primeiro contato com os policiais, a mulher – que não é investigada como suspeita – afirmou não saber onde poderia estar o veículo. Contudo, ainda pela tarde, o Fision foi localizado na Rua Teodoro Roosevelt, na Vila Nasser.

Chegando na residência, os policiais encontraram o proprietário, um outro carro branco, e a esposa do suspeito. Questionada sobre o veículo que ela disse não conhecer, ela afirmou que trouxe de sua residência – onde os policiais já haviam feito buscas, no Bairro Altos do São Francisco – para a casa de seu tio. Ela não precisou qual horário fez a transferência.

Indagada novamente sobre o paradeiro de seu marido, a mulher afirmou que não tinha conhecimento e que ele teria saído de Campo Grande. Após análise no carro, os policiais encontraram indícios de que ele pode ter sido adulterado. Pela manhã, o veículo foi encaminhado para a 2ª DP (Delegacia de Polícia).

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