Jovem baleado na varanda de casa pode ter sido morto por acerto de contas

Polícia investiga relação do assassinato com crimes anteriores que vítima estava envolvida

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A Polícia Civil, por meio da 6ª Delegacia da Capital, vai investigar se Bruno Lemes de Góes, de 21 anos, foi morto devido a acerto de contas em razão de crimes anteriores que ele estaria envolvido. Um dos projéteis que atingiram a vítima foi localizado na residência no Bairro Residencial Flores, e o corpo foi enviado para o Imol (Instituto Médico Legal) para apurar se outros ficaram alojados no peito e na cabeça, regiões atingidas.

Segundo o delegado Camilo Kettenhuber, que compareceu ao local, foram identificadas cinco perfurações no corpo de Bruno, a princípio de revólver calibre 38. “Um projétil foi localizado, mas pode ser que tenham outros dentro do corpo, isso só o Imol vai dizer. Vizinhos disseram que ouviram três disparos”, afirma.

Ainda conforme explicado por Kettenhuber, já foram identificados suspeitos, e eles estavam no interior da casa, mas não invadiram ou arrombaram o portão. “Parece que a vítima estava ouvindo som, três rapazes entraram e ficaram conversando com ele. Aparentemente eles bateram [na casa] e, depois de um certo tempo, os vizinhos ouviram os disparos”.

Testemunhas afirmaram ao Jornal Midiamax que Bruno já tinha sido ameaçado. “Ele não queria mexer mais com nada”, afirmou um vizinho. “Estavam ameaçando ele, a situação dele estava bem feia”, relatou outra testemunha.

Preso com 40 kg de cocaína

Bruno foi preso em 2018 com uma pistola Glock 9 mm. Os disparos atingiram o rosto, coração e peito da vítima, que morreu antes mesmo que recebesse atendimento. Conforme registro policial da época, Bruno foi abordado por policiais militares e foi encontrado, no bolso de sua calça, substância análoga à cocaína. Ele tentou fugir pelas ruas do Bairro Portal Caiobá 2.

Bruno foi encontrado após vizinhos denunciarem que ele estava escondido em uma casa no Bairro Celina Jalad. Questionado pelos policiais sobre o motivo de ter fugido, ele disse “não quero ser preso e perder minha arma, estou jurado de morte”.

Na casa de Bruno, em seu quarto, foram localizados uma pistola glock calibre 9mm junto a 53 munições, outras 11 munições calibre .40, além de 53 “paradinhas de cocaína”, um tablete com porção maior de cocaína e 5 porções de pasta base. A droga totalizou 48,40 quilos.

Perguntado sobre a arma, Bruno disse que não conhecia o vendedor, mas pagou R$ 7 mil. R$ 829 em espécie foram encontrados em uma caixa no quarto dele. Sobre a droha, ele disse que comercializava no bairro, “pois precisava ajudar sua família”.

Durante audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. Bruno já tinha passagens por tráfico de drogas, inclusive quando era menor de idade.

‘Amigos’ fugiram em Golf preto

Conforme relato de testemunhas, o rapaz estava conversando com amigos e escutando música na varanda de sua casa, quando quatro homens chegaram, em um Volkswagen Golf preto, e entraram na residência.

Um deles efetuou, primeiramente, dois disparos contra a vítima, e outro chegou a retornar para atirar mais uma vez, segundo vizinhos. Eles ainda informaram ao Jornal Midiamax que recentemente a vítima usava tornozeleira eletrônica. 

A Ursa (Unidade de Resgate e Suporte Avançado) do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionada, mas o homem já estava sem vida. A perícia e a Polícia Civil estão no local, além de policiais militares e do Batalhão de Choque, que fazem buscas pelos autores.

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