Embarcação que afundou e deixou sete mortos começa a ser retirada de Rio Paraguai
Embarcação não tinha autorização para transporte turístico
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Começou, na tarde de quarta-feira (1º), a retirada da embarcação que afundou no Rio Paraguai matando sete pessoas, em Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande. Vinte pessoas estão envolvidas na retirada da embarcação, que afundou no dia 15 de outubro.
O prazo para que a embarcação seja totalmente retirada das águas é de 20 a 30 dias, segundo informações passadas por Paulo Honda, responsável pela empresa P. Honda estruturas navais, ao Diário Corumbaense.
Paulo disse que o trabalho é demorado, principalmente porque o nível do rio está subindo. “Não é uma coisa simples, depende de muitos fatores, pois o barco todo está submerso, então, estamos tentando virar ele para levá-lo até a margem. O trabalho vai depender de muitos fatores, a embarcação está bem pesada, pois na parte de baixo do barco, a água vai batendo e a areia acumulando”, explicou.
A Marinha irá acompanhar o trabalho de reflutuação da embarcação. “A Capitania fará a fiscalização do trabalho de reflutuação, auxiliando no controle de tráfego das embarcações, contribuindo para a segurança na navegação na área”.
A embarcação que naufragou no dia 15 de outubro não tinha autorização para transporte turístico na Capitania dos Portos, da Marinha, e nem no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços do Turismo). A informação foi repassada pela Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul).
Naufrágio x resgate
O corpo de Fernando Rodrigues Leão, de 44 anos, estava preso na embarcação e foi a última vítima a ser resgata no dia 17 de outubro, pelos bombeiros. No barco estavam 21 pessoas e sete delas morreram.
Quatro dos sete ocupantes da embarcação que desapareceram após naufrágio, no dia 15, eram da mesma família. Geraldo Alves de Souza, Olímpio Alves de Souza, Fernando Gomes de Oliveira, Thiago Souza Gomes pescavam em Corumbá quando a tragédia aconteceu. Um amigo da família, Fernando Rodrigues Leão também estava a bordo e faleceu.
Todas as cinco vítimas são de Rio Verde de Goiás e estavam em Corumbá para pescar. A Prefeitura de Rio Verde decretou luto oficial de três dias por conta do ocorrido. Os corpos dos irmãos Geraldo Alves de Souza, de 78 anos, e Olímpio Alves de Souza, de 71; Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos, e o filho dele, Thiago Souza Gomes, de 18 anos, foram transportados por aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) até Goiás.
O acidente aconteceu devido à chuva e fortes ventos que chegaram a 64 km/h em Corumbá e ocorreu na região do Tagiloma, distante 5 km de Porto Geral. Um vídeo mostra pessoas em cima do casco da embarcação logo após o naufrágio.
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