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Polícia

Bombeiros de MS denunciam comando por assédio moral e associação vai à Sejusp

'Eu que mando': oficial estaria esgotando soldados em missões no interior
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Escalas apertadas, assédio moral, assim como bombeiros de férias, luto ou licença sendo chamados para voltarem aos trabalhos são algumas das diversas reclamações e denúncias feitas pelos militares à ACS PMBM MS (Associação dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul) desde a semana passada.

Muitos reclamam de escalas apertadas e deslocamento dos militares para outros municípios sem necessidade, como também o abuso de poder do comandante que, por muitas vezes, constrange militares. “Isso para mim é administrativa. Não existe esta postura de gestão”, disse o presidente da associação, Mário Sérgio Couto. 

Com o deslocamento, muitas vezes, sem necessidade de militares para outras cidades, o serviço na Capital acaba prejudicado, segundo Mário, que ainda disse ao Jornal Midiamax, que a associação irá recorrer à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), com um documento que deve ser protocolado para que providências sejam tomadas, com diálogo ou até o pedido de afastamento do comandante. 

Caso nenhuma providência seja tomada pela secretaria, a associação não vislumbra outra alternativa a não ser acionar o MPMS (Ministério Público Estadual) para que algo seja feito em relação ao ‘descomando’ como é visto pelos militares em relação ao comandante. 

‘Eu que mando’

Denúncias de assédio moral por parte dos bombeiros são inúmeras e, de acordo com Mário Sérgio, o comandante teria deixado bem claro que não recebe ordens de ninguém, e que é ‘ele quem manda’.

Muitos bombeiros relatam estarem ficando doentes, com esgotamento psicológico e físico, por causa desse autoritarismo, sendo que alguns já teriam falado em tirar a própria vida. Segundo Mário, o comandante não respeita e nem tenta diálogo com a associação. 

Operação Hefesto

Desde a deflagração da operação para o combate a incêndios na região do Pantanal, as denúncias são inúmeras. Militares escalados para serviço alegam que não haveria ‘grande incêndio’ conforme informação inicial e que estariam desfalcando quartéis nas cidades em que são lotados.

Áudios circularam nas redes sociais mostrando a situação em que os bombeiros foram submetidos. “Senhores, boa tarde. Aos comandantes noticiem seus militares que militar não tem folga, militar tem licenciamento. Noticiem o que se for necessário cair a escala de 24h/48h a escala vai cair. Se tiver que cair de 24h/24h vai cair. É assim que é nossa profissão. Se não fizeram antes vai ser feito agora.”

Quando as reclamações vieram à tona, a assessoria dos bombeiros disse que foi necessário empenhar diversos militares na Operação Hefesto pela peculiaridade desse combate e trabalho estratégico com objetivo de preservação do . A respeito dos áudios do oficial sobre ter que “cair a escala”, a assessoria afirma que é uma situação que ocorre, conforme as demandas dos serviços operacionais, sem novidade.

“Ressalta-se que a Corporação trabalha com escala de serviço. Os bombeiros militares empenhados neste momento na Operação Hefesto ficarão por tempo determinado, que pode variar conforme evolução do sinistro, sendo posteriormente substituídos por outros bombeiros militares ou acionando mais militares para a missão, somando com o efetivo no local”.

“Por fim, o CBMMS reafirma seu compromisso com o Meio Ambiente e destaca que todos os trabalhos realizados neste momento são fundamentais para que se evite desastre ambiental maior, como o que ocorreu no ano passado”, finalizam. Segundo os bombeiros, nesta quarta-feira (6), militares atuam em uma área que fica a aproximadamente 45 quilômetros da área urbana e de difícil acesso.

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