Assessor do governo de MS pode responder por homicídio com dolo eventual por acidente com lancha

Ele não tinha documentação e confirmou que bebeu

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Ainda em fase inicial, a investigação da Polícia Civil sobre a morte de Carlos Américo Duarte, de 59 anos, pode resultar no indiciamento por homicídio com dolo eventual a Nivaldo Thiago Filho de Souza, assessor do Governo de MS. Nos boletins de ocorrência registrado, é apontado que ele confessou ter bebido antes de pilotar a lancha e que não tem Arrais, documentação exigida para pilotar embarcação.

O delegado Pedro Henrique, titular da Delegacia de Polícia Civil de Miranda, esclareceu que ainda deve começar a ouvir as testemunhas e que está assumindo agora o caso, já que a ocorrência foi registrada por delegado plantonista no fim de semana. Foi requisitada perícia na lancha de Nivaldo, para que possa entender melhor a dinâmica dos fatos, ou seja, como teria ocorrido o acidente.

Além disso, conforme a autoridade policial, com as investigações pode ser apontado para que Nivaldo responda pelo homicídio culposo ou mesmo por homicídio com dolo eventual, ou seja, em que tenha assumido o risco. Isso, porque nos registros oficiais consta que Nivaldo não tem documentação exigida para pilotar embarcação e que confirmou que tinha bebido.

Também segundo o delegado, foi solicitada análise da Perícia da velocidade em que a lancha estaria no momento em que atingiu a outra embarcação. Testemunhas que estavam no local e que presenciaram o acidente começam a ser ouvidas nesta semana. Ainda de acordo com o delegado Pedro, o filho de Carlão será ouvido, bem como o piloteiro.

A princípio, o piloteiro segue internado em observação no Hospital de Miranda, por ter sofrido ferimento no acidente, mas um investigador deve ir até a unidade analisar as condições da vítima, para que ela seja intimada e ouvida. Nivaldo também será ouvido. Como de praxe, o acusado do crime normalmente é ouvido por último no decorrer das investigações.

O delegado afirma que não estava de plantão no fim de semana e não sabe o motivo pelo qual Nivaldo foi liberado após ser ouvido inicialmente e que não tem como falar sobre o assunto. O acidente aconteceu no último sábado, quando a lancha de Nivaldo colidiu contra a embarcação em que Carlão estava com o filho e o piloteiro. A vítima morreu na hora e Nivaldo teria fugido do local, sendo detido pela PRF momentos depois, na BR-262.

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