Assassino de dono de conveniência diz que ‘se antecipou’ após descobrir conversas
Em depoimento prestado ao delegado da 3º delegacia de Polícia Civil Ricardo Meirelles, Maikon Lucas Mathias, acusado do assassinato do comerciante Hugo Gonçalves Insabralde, de 29 anos, disse que se ‘antecipou’ e matou o comerciante após descobrir as conversas que ele enviou para sua mulher. Maikon foi preso nesta terça-feira (12), em uma edícula no bairro […]
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Em depoimento prestado ao delegado da 3º delegacia de Polícia Civil Ricardo Meirelles, Maikon Lucas Mathias, acusado do assassinato do comerciante Hugo Gonçalves Insabralde, de 29 anos, disse que se ‘antecipou’ e matou o comerciante após descobrir as conversas que ele enviou para sua mulher. Maikon foi preso nesta terça-feira (12), em uma edícula no bairro Caiobá.
De acordo com Meirelles, Maikon afirmou que se sentiu ameaçado por Hugo, apesar de nada ter sido verbalizado, depois da descoberta por ele que o comerciante estava mandando mensagens para sua esposa. Segundo o relato, ele teria ‘se antecipado’ para não ser morto por Hugo.
Mas, o relato contradiz outro ponto do depoimento em que ele fala que não tinha a intenção de matar o dono da conveniência. Hugo foi assassinado com três tiros, facadas e golpes de taco de sinuca. Maikon afirmou que só parou quando percebeu que a vítima não se mexia mais no chão. Ele teria parado de atirar depois que a balas acabaram.
No dia do assassinato, Maikon contou que Hugo teria percebido que ele estava estranho e questionou o que estava acontecendo e se ele tinha algo para resolver, então, que iriam resolver. Nisso o acusado decidiu por assassinar o dono da conveniência. Maikon já foi levado para o presídio e foi autuado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e que dificultou a defesa da vítima.
A prisão
Maikon foi preso em uma edícula, no bairro Caiobá, nesta terça (12). Informações apuradas apontam que o rapaz ficava no imóvel que tem apenas uma peça, localizado aos fundos de outra residência. Ele tinha apenas três mudas de roupa e recebia ajuda de outra pessoa, que levava alimento e outros itens de necessidade básica. O objetivo era se expor o mínimo possível para não ser identificado.
A edícula seria de um amigo. Na casa à frente da edícula, vive uma mulher que é irmã do proprietário da edícula. Ela alegou que o irmão estava alugando a casa. Tal irmão não foi localizado e será investigado.
Vídeos e crime passional
“Não matei nenhum pai de família não”, diz Maikon no vídeo, alegando que ele e Hugo eram sócios em um negócio de “dinheiro a juro”, agiotagem. “A conveniência é só uma fachada”, alega. Ainda no vídeo ele afirma que não matou o comerciante e amigo por causa de dinheiro. “Nada disso que estão falando é verdade”, afirma.
O rapaz então afirma que Hugo era como um irmão para ele “Mas traiu minha confiança”. Assim, ele conta que no dia do crime estava com o Facebook da esposa logado no celular quando recebeu a mensagem de Hugo. Mesmo assim, não disse nada e mais tarde foi com a mulher levar o filho para vacinar, quando ela mesma mostrou também a mensagem de Hugo para ele.
Maikon ainda foi até a conveniência com a esposa e disse que a levaria para casa e voltaria depois. Quando retornou, teve a discussão com Hugo. “Ele tem uma pistola, ele é agiota, não era comerciante não”, diz. Ainda segundo o autor do crime, os dois discutiram e Hugo teria questionado se ele tinha “alguma coisa para resolver”.
“Falei que não e ele foi em direção à BMW. Ele tem uma pistola que eu sei”. O rapaz então alega que agiu por imaginar que Hugo buscaria a arma. “Eu vou esperar o cara pegar a arma para me matar?”, diz. Ainda no discurso, o suspeito reafirma por várias vezes a prática de agiotagem na conveniência e diz para a polícia analisar as anotações nos cadernos do estabelecimento.
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