Preso pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações) no final da tarde desta terça-feira (12), em , Maikon Lucas Mathias, acusado do do comerciante Hugo Gonçalves Insabralde, de 29 anos, se escondia em uma edícula no Portal Caiobá, de onde nunca saiu desde que passou a ser procurado pela polícia.

Informações apuradas pela reportagem apontam que o rapaz ficava no imóvel que tem apenas uma peça, localizado aos fundos de outra residência. Ele tinha apenas três mudas de roupa e recebia ajuda de outra pessoa, que levava alimento e outros itens de necessidade básica. O objetivo era se expor o mínimo possível para não ser identificado.

A edícula seria de um amigo. Na casa à frente da edícula, vive uma mulher que é irmã do proprietário da edícula. Ela alegou que o irmão estava alugando a casa. Tal irmão não foi localizado e será investigado. Maikon foi encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro, onde encontra-se à disposição da Justiça.

Conforme já noticiado, o crime aconteceu na frente da conveniência da vítima, no , no dia 4 de janeiro. Mesmo após publicar vídeos nas redes sociais afirmando que se entregaria, Maikon não negociou apresentação com a polícia. Foi feito pedido de prisão preventiva e, com o mandado, ele era considerado foragido

Vídeos e crime passional

“Não matei nenhum pai de família não”, diz Maikon no vídeo, alegando que ele e Hugo eram sócios em um negócio de “dinheiro a juro”, . “A conveniência é só uma fachada”, alega. Ainda no vídeo ele afirma que não matou o comerciante e amigo por causa de dinheiro. “Nada disso que estão falando é verdade”, afirma.

O rapaz então afirma que Hugo era como um irmão para ele “Mas traiu minha confiança”. Assim, ele conta que no dia do crime estava com o Facebook da esposa logado no celular quando recebeu a mensagem de Hugo. Mesmo assim, não disse nada e mais tarde foi com a mulher levar o filho para vacinar, quando ela mesma mostrou também a mensagem de Hugo para ele.

Maikon ainda foi até a conveniência com a esposa e disse que a levaria para casa e voltaria depois. Quando retornou, teve a discussão com Hugo. “Ele tem uma pistola, ele é agiota, não era comerciante não”, diz. Ainda segundo o autor do crime, os dois discutiram e Hugo teria questionado se ele tinha “alguma coisa para resolver”.

“Falei que não e ele foi em direção à BMW. Ele tem uma pistola que eu sei”. O rapaz então alega que agiu por imaginar que Hugo buscaria a arma. “Eu vou esperar o cara pegar a arma para me matar?”, diz. Ainda no discurso, o suspeito reafirma por várias vezes a prática de agiotagem na conveniência e diz para a polícia analisar as anotações nos cadernos do estabelecimento.

O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia Civil.