A família do estudante Matheus Coutinho Xavier, executado por engano no dia 19 de abril de 2019, em Campo Grande, indenização por danos morais na ordem de R$ 6 milhões a e Jamil Name Filho, acusados de serem os mandantes do crime. Investigações apontam que o alvo, na verdade, era o capitão reformado da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, pai da vítima. A ação também exige a cobertura de outras despesas.

Entenda

Na data dos fatos, por volta das 18 horas, Matheus estava na caminhonete do pai na frente de casa, no Jardim Bela Vista, quando foi atacado por pistoleiros armados com fuzil AK-47. Gravemente ferido, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Investigações do (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual, e da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), no âmbito da Operação Omertà, constataram que os executores agiram a mando dos Name.

Os acusados teriam encomendado a morte do capitão reformado, em razão de desentendimentos comerciais. As informações são de que os Name não aceitavam o fato de Paulo, que já havia prestado serviços a eles, estar trabalhando com um concorrente. Por este motivo, teriam decidido matá-lo. No entanto, o plano de assassinato foi mal executado e Matheus foi quem acabou morto.

Indenizações

Neste sentido, a família do rapaz decidiu acionar os supostos mandantes judicialmente com pedido de bloqueio de bens. São cobrados R$ 3.135.000,00 de cada réu, totalizando R$ 6.270.000, 00. Em caráter liminar, pedem ainda o pagamento de R$ 19.322,31, em alimentos, R$ 4 mil para custeio de aluguel, já que a família precisou mudar de endereço, por segurança, e mais R$ 2,5 mil para cada um dos quatro membros da família, para tratamento psicológico.

A defesa solicita ainda que os acusados, caso condenados, também paguem os honorários advocatícios e despesas processuais. “[..] sendo o mínimo o valor de R$ 3.135.000,00 de cada réu, razão do fato traumático de ver sua família desmantelada, com traumas e sofrimento irreparáveis ao pais, irmãos e avós de Matheus Xavier, morto equivocadamente pela quadrilha liderada por Jamil Name e Jamil Name filho”, lê-se na petição encaminhada ao juízo da 3ª Vara Cível da Capital.