Em março de 2011, o segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar foi assassinado na frente da casa noturna em que trabalhava, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. O autor, Christiano Luna de Almeida, 33 anos, chegou a ser condenado em 2017, mas o julgamento foi anulado e agora, em 1º de dezembro de 2021, ele enfrentará novo júri popular.

Em 2017, Christiano chegou a ser condenado a 17 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio doloso e injúria racial. A morte de Brunão foi agravada ainda por ser praticada por motivo fútil e de maneira que dificultou a defesa da vítima.

Para o novo julgamento, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, determinou que será permitida a entrada de apenas 40 pessoas no plenário — que tem capacidade para 90. Isso, tendo em vista que no primeiro julgamento de Christiano o plenário ficou lotado por familiares do autor e da vítima, além do público no geral, pela comoção do caso na época.

Por conta da pandemia, foi determinada redução do número de pessoas. Além disso, não poderão entrar no plenário pessoas com camisetas ou outras formas de manifestação pública, a favor ou contra o réu e a vítima. O público também só poderá entrar após a escolha dos jurados.

A entrada será feita por ordem de chegada, sendo que serão reservados 5 assentos para familiares do acusado e 5 da vítima. Christiano responde atualmente ao processo em liberdade.

Relembre o caso

Brunão trabalhava como segurança na casa noturna, quando foi espancado e morto por Christiano Luna. A morte do segurança foi registrada pelo circuito de câmeras da boate. As imagens exibem Christiano, na época acadêmico de direito, sendo retirado do estabelecimento por ter passado a mão nas nádegas de um garçom por duas vezes.

O segurança foi quem alertou o rapaz primeiro, dentro da boate. Lá fora, Christiano foi dominado pelos seguranças, mas quis ficar no local. Entre um golpe e outro, o rapaz acertou o peito da vítima com um dos pés. Brunão morreu no local, antes do atendimento. Após 6 anos, Christiano foi condenado a 17 anos de prisão. No entanto, o julgamento acabou anulado.