‘Sociedade machista e patriarcal’, diz juíza sobre casos de violência contra a mulher
“Uma sociedade machista, patriarcal, e para mudar isso, está nas nossas mãos”, disse a juíza Jaqueline Machado, titular da 3º Vara de Violência Doméstica, em evento nesta terça-feira (3), na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. A Casa da Mulher Brasileira comemora cinco anos de existência. Durante o evento foi feito pedido de silêncio […]
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“Uma sociedade machista, patriarcal, e para mudar isso, está nas nossas mãos”, disse a juíza Jaqueline Machado, titular da 3º Vara de Violência Doméstica, em evento nesta terça-feira (3), na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. A Casa da Mulher Brasileira comemora cinco anos de existência.
Durante o evento foi feito pedido de silêncio para Maxelline Santos, de 28 anos, e por Regiane Fernandes de Farias, duas vítimas de seus ex-companheiros. A juíza disse que apesar de muitos afirmarem que medidas protetivas não salvam – Maxelline tinha a medida protetiva – muitas mulheres já foram salvas por elas. São mais de 20 medidas protetivas emitidas por dia contra homens agressores, sendo que 143 réus estão sendo monitorados e 12 vítimas possuem botão do pânico para qualquer emergência. “É inevitável em alguns momentos que isso aconteça (feminicídio), mas salvamos muitas mulheres”, falou a Jaqueline.
De acordo com a delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Fernanda Félix, muitas mulheres estão procurando ajuda nos primeiros sintomas de que o homem é violento, “não basta amar, tem de respeitar”, disse a delegada, que ainda foi enfática ao dizer que muitas vítimas de violência conseguem sair de uma situação de agressão e ameaças.
Em 2018 foram registrados, sete casos de feminícidio em Campo Grande, já em 2019 foram cinco casos, uma redução de 28,6%. “A Casa da Mulher Brasileira teve um trabalho importante nesse efetivo”, ressaltou Fernanda.
Já foram registrados ao todo 69 mil 694 atendimentos às vítimas de violência doméstica, nesses cinco anos de Casa da Mulher Brasileira, que foi inaugurada em fevereiro de 2015, sendo a primeira casa de atendimento a mulheres que sofrem violência.
Em solenidade nesta terça-feira (3), a subsecretária da Mulher e Da Cidadania de Mato Grosso do Sul, Carla Stephanine pediu 30 segundos de silêncio por Maxelline Santos, de 28 anos, e por Regiane Fernandes de Farias, que foi morta a tiros pelo ex-namorado, aos 39 anos, quando chegava no trabalho. O autor dos disparos, Suetonio Pereira Ferreira, 57 anos, tentou se matar com um tiro na região do ouvido, mas foi socorrido e sobreviveu.
Dados divulgados pela Deam são de que desde a sua inauguração, em fevereiro, já foram registrados 37 mil 242 boletins de ocorrência, sendo deferidas 17 mil 362 medidas protetivas contra agressores. Com atendimento 24 horas, a Casa da Mulher Brasileira já chegou a atender mais de 69 mil vítimas nestes cinco anos.
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