Começa nesta segunda-feira (2) e se estende até a terça-feira (3) audiências sobre o assassinato de Matheus Coutinho Xavier, filho do capitão da reserva da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, que foi assassinado em abril do ano passado com tiros de fuzil em frente à sua casa.

O empresário Jamil Name, Jamil Name Filho e o policial Vladenilson Daniel Olmedo devem ser ouvidos por videoconferência do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Já Eurico dos Santos Mota, o hacker contratado pela quadrilha para seguir os passos de Paulo Xavier deve ser ouvido também por videoconferência, no presídio de Coxim.

Neste primeiro dia, sete testemunhas de acusação devem ser ouvidas, já no segundo dia mais seis testemunhas de acusação serão ouvidas. A audiência será feita no Plenário do Tribunal do Júri às 13h30, que deve ter a segurança reforçada já que algumas autoridades policiais prestarão depoimento.

Os acusados do crime já estavam presos por conta da Operação Omertà, que investigava crimes de pistolagem e milícia ocorridos em Mato Grosso do Sul. Em novembro de 2019, foi feito pedido de decretação da prisão preventiva de Jamil Name e Jamil Name Filho pelo homicídio de Matheus, morto a tiros em 9 de abril daquele ano.

Apenas os mandados contra José, o ‘Zézinho’ e Juanil permanecem em aberto e eles são considerados foragidos. Os dois são apontados como pistoleiros do grupo criminoso.

Matheus foi assassinado com sete tiros de fuzil em frente a sua casa, no dia 9 de abril de 2019. A execução do jovem de 20 anos teria sido por engano, já que o pai dele, Paulo Xavier, seria o alvo dos pistoleiros. Um dos envolvidos na situação é o guarda municipal que foi peça-chave na deflagração da Operação Omertà, Marcelo Rios – considerado gerente do grupo.

Em depoimento da mulher de Rios, arrolada como testemunha, ela revelou que ele teria desobedecido uma ordem para contratar novos pistoleiros para executar a “missão” de matar Xavier, acionando o mesmo “time” de assassinatos anteriores.

Rios chegou a relatar para a mulher que “a cabeça dele iria rolar” e, diante do erro na execução do crime, ficou desesperado, ficando inclusive sem comer e dormir, segundo relatado pela testemunha em depoimento ao Gaeco.

O guarda municipal fazia segurança para os Name e também era quem intermediava a contratação de outros seguranças e pistoleiros para executar os crimes determinados pela suposta milícia armada. Em depoimento, ele disse que os executores do crime foram os ex-guardas Juanil Miranda Lima e José Moreira Freires, o Zezinho.