Força-tarefa composta por quatro delegados de Polícia Civil pediu a decretação da prisão preventiva para Jamil Name, Jamil Name Filho e o grupo criminoso acusado de articular e executar o assassinato de Mateus Coutinho Xavier, 20 anos. O rapaz foi morto por engano, sendo que o alvo seria o pai dele, o policial militar Paulo Xavier. O crime aconteceu no dia 9 de abril deste ano.

O pedido de prisão preventiva foi deferido pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, nesta quarta-feira (27). Em sua decisão, o juiz Aluizio ainda expediu mandados de prisão com validade até 8 de abril de 2039 para os investigados que se encontram foragidos.

“(…) durante as investigações, ficou demonstrado que todos os representados, em autêntica divisão de tarefas, meticulosamente planejaram a morte de Paulo Roberto Teixeira, mas por erro na execução, ceifaram a vida de Matheus”, consta no pedido da força-tarefa da Polícia Civil.

Foram pedidas as prisões de Vladenilson Daniel Olmedo, José Moreira Freires, Juanil Miranda Lima, Eurico dos Santos Mota e Marcelo Rios.

O pedido faz parte das investigações que levaram a deflagração da Operação Omertà, em setembro deste ano, ocasião que foram presos Jamil Name, filho, guardas municipais, policiais civis e até policial federal. A investigação também indica que o grupo seria responsável por três execuções em Campo Grande, todas com armamento de guerra, apreendido sob a guarda de Marcelo Rios, inclusive um fuzil AK-47 usado na morte de Matheus.

Conforme a investigação policial, Name e o filho foram os mandantes da morte de Paulo e teriam determinado que Marcelo Rios contratasse os pistoleiros que executariam o crime. Vladenilson e Marcelo foram os intermediários, sendo que contrataram José Freires e Juanil para executarem o crime. Eurico foi o responsável para localizar o endereço atualizado da vítima, também contratou um hacker para obter a localização em tempo real de Paulo Xavier.