Foi preso durante a operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (27), em um dos chefes do tráfico internacional. A operação cumpre mandados em Ponta Porã sendo 4 prisões preventivas e 2 temporárias e em Campo Grande 2 mandados de prisões preventivas.

Ghandi Jacob foi preso no bairro Vila Rica, na Capital. Ele é apontado pela Polícia Federal como um dos ‘chefões do tráfico internacional'. Não se tem ainda as identidades dos outros presos na Operação Pavo Real. Da residência foram levados documentos e a camionete Toyota SW4. Os policiais tiveram de arrombar a porta para entrar na casa. Em outro endereço no bairro Amambai, os agentes levaram câmeras e a central de armazenamento das imagens do imóvel que estava em reforma.

Ao todo são cumpridos 21 mandados de prisão, sendo 16 preventivas e 05 temporárias, e 67 mandados de busca e apreensão, nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, e Distrito Federal. Ghandi Jacob teria tentado em 2019 executar um dos funcionários de Jarvis Pavão. Após a morte de Jorge Raffat, em 2016, se instalou uma guerra na fronteira para o controle do narcotráfico, uma briga entre Sérgio Arruda Quintiliano Neto, conhecido como ‘Minotauro' e Jarvis Pavão.

Foi descoberta pela PF,  a existência de uma organização criminosa voltada para a ocultação do patrimônio obtido com o tráfico internacional de drogas, que em sua maioria era dos familiares do investigado, incluindo a esposa, mãe, padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos. Todos com prisão decretada, agora, pela Justiça Federal de Porto Velho.

Agentes Federais de Execução Penal apreenderam, na cela do , na Penitenciária de Porto Velho bilhetes escritos de próprio punho, o que foi posteriormente confirmado por perícia contendo anotações de diversos identificados apenas por siglas e codinomes, tanto no Brasil quanto no exterior.

Primeira fase

Em junho de 2019, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação, com o cumprimento de mandados de busca em imóveis de alto padrão, alugados pelos familiares do interno, na cidade de Porto Velho, ocasião na qual ocorreu a apreensão de arma, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram o esquema de lavagem de capitais. Os criminosos passaram a residir nos imóveis citados com o intuito de facilitar as visitas à Penitenciária Federal.

Mesmo sem a apreensão de qualquer substância entorpecente ao longo da investigação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões, das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas, pela organização criminosa, para a movimentação dos valores ilícitos.

A Justiça Federal determinou, também, o sequestro específico de 17 veículos de luxo, com valores individuais de mercado superiores a R$ 100 mil cada, que, somados, alcançam um valor aproximado de R$ 2.3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome/em uso pelos investigados.

Foram sequestrados, ainda, cerca de 50 imóveis que, segundo valores atuais de mercado, ultrapassam a quantia de R$ 50 milhões, além de dezenas de outros imóveis, registrados em nome de membros da organização criminosa, cujo valor patrimonial total será apurado após a deflagração.