Em resposta aso questionamento feito pela Justiça sobre a saúde do empresário Jamil Name, que ocupa uma cela do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o médico do estabelecimento penal atestou ‘boa saúde’ de Name, que agora segundo o relatório estaria sendo acompanhado por uma nutricionista.

De acordo com o relatório assinado pelo médico Diego Vasconcelos, o empresário teria perdido peso em consequência de sua alimentação balanceada que é acompanhada por uma nutricionista. O médico contesta que Name estaria mais magro por não receber alimentos e tratamentos adequados a sua condição e sua doença, diabete melitos e hipertensão.

Segundo o médico de Mossoró, Jamil Name faz uso constante para o tratamento de sua doença como também tem acompanhamento multidisciplinar na unidade prisional. Já sobre o fato de higiene de sua cela, o relatório aponta que é de responsabilidade do empresário a limpeza da cela que é individual.

Por fim é atestado que a unidade prisional de Mossoró tem capacidade de acompanhamento, tratamento e promoção da saúde do interno.

No dia 28 de dezembro foi protocolado junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), novo pedido de habeas corpus a Jamil Name. Na ocasião, o corregedor alegou que aquele estabelecimento “não comporta abrigar preso, que é idoso, com problemas de saúde que reclama tratamentos não oferecidos na unidade prisional federal”.

No dia 10 de janeiro deste ano, a defesa protocolou pedido de intimação de testemunhas. Os advogados ainda alegaram na peça que a acusação do assassinato, de Matheus Coutinho, imputada a Jamil Name seria uma ‘vingança pessoal’ do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Jamil está preso desde o dia 27 de setembro do ano passado depois da deflagração da Operação Omertà, contra organização criminosa de execuções no Estado. No dia 5 de novembro, o empresário foi transferido para o presídio federal de Mossoró.

Omertà

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.