Madrasta acusada de matar bebê pisoteado será ouvida por videoconferência

A madrasta, Jéssica Leite Ribeiro de 24 anos, do bebê Rodrigo Moura Santos, de 1 ano e seis meses, que foi morto pisoteado por ela, deve ser ouvida através de videoconferência, nesta terça-feira (10) durante o julgamento pelo assassinato do menino. Jéssica está presa no presídio de Corumbá. As testemunhas de acusação já foram ouvidas, […]

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A madrasta, Jéssica Leite Ribeiro de 24 anos, do bebê Rodrigo Moura Santos, de 1 ano e seis meses, que foi morto pisoteado por ela, deve ser ouvida através de videoconferência, nesta terça-feira (10) durante o julgamento pelo assassinato do menino. Jéssica está presa no presídio de Corumbá.

As testemunhas de acusação já foram ouvidas, e entre elas, estava a mãe do bebê, Viviane Moura, que em seu depoimento acabou alegando que Joel Avalo sempre foi um bom pai, e sempre presente. Ainda segundo ela, quando chegou a casa no dia do crime encontrou o lutador de MMA abraçado ao corpo do filho e chorando. A defesa do lutador tentará a absolvição ou pena miníma alegando que ele teria sido, apenas, omisso e não participado do crime.

Ainda devem prestar depoimento cinco testemunhas de defesa de Joel, sendo elas os sogros do lutador, que moravam aos fundos da residência do casal, o patrão dele na padaria onde trabalhava, um amigo lutador e o delegado que atendeu o caso na época, Francis Flávio.

Jéssica deverá ser ouvida na tarde desta terça (10) por videoconferência. O julgamento tem previsão de terminar por volta das 20 horas. Fazem parte do júri, cinco mulheres e dois homens. O crime aconteceu em agosto de 2018.

No dia do crime, Joel saiu para trabalhar e como de costume Jéssica o acompanhou até o portão. Quando retornou percebeu as duas crianças já acordadas e teria se dirigido a uma das peças da residência para preparar o leite delas.

Jéssica então colocou o menino no balcão e para entretê-lo, entregou-lhe uma sacola plástica. Logo em seguida a menina quis lhe tirar a sacola, causando a sua queda. A mulher disse que pegou o menor do chão que chorava muito e percebeu um pouco de sangue saindo de sua boca. Em seguida, ele foi colocado em um colchão. Como a criança não parava de chorar e há dias ela não conseguia dormir, se irritou e chegou a cobrir a própria cabeça com uma coberta. Jéssica contou que jogou sobre o bebê outro cobertor, foi quando percebeu Rodrigo fazendo força. Ainda segundo ela, o menino possuía problemas de intestino e chegou a usar um supositório para conseguir realizar suas necessidades fisiológicas.

Acreditando se tratar de problemas intestinais, pediu para que a irmã dele lhe apertasse a barriga, porém, a garota começou a pisar no local, aumentando ainda mais o choro da criança. Jéssica então teria se aproximado e apertado a barriga do garoto com muita força, ‘irritada e nervosa’, como relatou à polícia, começou a fazer movimento com as pernas do bebê na tentativa de acabar com o que parecia cólica. “Tudo o que eu fiz foi com força”, diz trecho do depoimento.

Depois, ela colocou os seus joelhos sobre o abdome de Rodrigo e não percebeu os ossos se quebrando. Depois do procedimento, o colocou deitado de lado e ao levantar para buscar óleo de oliva para dar à criança na tentativa de ‘soltar’ o intestino, acabou pisando nas costelas dele.

A mulher voltou a pedir para que a menina apertasse a barriga de Rodrigo e achando que se tratava de uma brincadeira, a irmã continuou a pisar na criança. Em seguida a criança avisou, “tia, ele vomitou”. Ao chegar próximo ao menino, percebeu que ele babava e que não chorava mais, “estava quieto”.

Logo em seguida, viu que não respirava mais. Desesperada, o pegou pelo pescoço e tentou realizar respiração boca a boca, segundo ela, causando os arranhados no menor. Questionada, disse não ter contado essa versão porque estava assustada e confirmou que no momento da morte do menino, Joel não estava em casa. Ainda segundo Jéssica, ela afirmou ao companheiro que já não aguentava mais a situação a qual viviam e entre os fatores, ter que cuidar de filhos que não eram dela.

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