O juiz Mário José Esbalqueiro Júnior deferiu nesta quarta-feira (29), o pedido da defesa dos guardas municipais, presos na Operação Omertà, em setembro de 2019, que ocupem cela especial, com ‘segurança reforçada’. 

A defesa alegou que os guardas corriam risco de morte, já que estavam detidos juntos de presos ‘comuns’ na penitenviária. O pedido feito para ocupação de celas especiais foi despachado no dia 17 de janeiro deste ano. Igor Cunha de Souza, Eronaldo Vieira da Silva, Rafael Carmo Peixoto, Alcinei Arantes da Silva e Robert Vitor ocupam celas nos estabelecimentos penais de Dourados e Naviraí para onde foram transferidos, no dia 21 de dezembro de 2019.

O juiz pediu que seja comunicado a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), para que a segurança seja ‘reforçada’, nas celas que serão ocupadas pelos guardas.

No início do mês, a Justiça negou o pedido da defesa para que os réus voltassem a ocupar celas de presídio em Campo Grande. No último dia 5 de janeiro, os advogados Márcio Souza de Almeida e Lucas Caique da Silva Palermo entraram com mandado de segurança contra o diretor-presidente em exercício da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), Acir Rodrigues afirmando que não foi apresentada aos recorrentes, advogados a motivação para movimentação dos apelantes.

A transferência aconteceu depois da descoberto um plano de fuga do grupo, que estava recolhido no Centro de Triagem, no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, pela Agepen.

Omertà

O Garras e o Gaeco, com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras