A defesa dos guardas Igor Cunha de Souza, Eronaldo Vieira da Silva, Rafael Carmo Peixoto, Alcinei Arantes da Silva e Robert Vitor entrou com pedido de habeas corpus, nesta quinta-feira (16) para que os réus passem a ocupar cela especial, nos estabelecimentos penais de Dourados e Naviraí para onde foram transferidos, no dia 21 de dezembro de 2019.

Segundo a defesa, os guardas estariam ocupando celas comuns com outros presos o que colocaria a segurança deles em risco pelo fato de já terem ocupado cargo que ocuparam. Os advogados ainda afirmam que o pedido de segregação dos guardas em celas especiais foi enviado a cada diretor das unidades prisionais.

No pedido da defesa é feito a alegação que caso não haja cela especial, nestas unidades prisionais que os guardas, então, em caráter de urgência voltem para estabelecimento penal em .

No início do mês, a Justiça negou o pedido da defesa para que os réus voltassem a ocupar celas de presídio em Campo Grande. No último dia 5 de janeiro, os advogados Márcio Souza de Almeida e Lucas Caique da Silva Palermo entraram com mandado de segurança contra o diretor-presidente em exercício da (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), Acir Rodrigues afirmando que não foi apresentada aos recorrentes, advogados a motivação para movimentação dos apelantes.

A transferência aconteceu depois da descoberto um plano de fuga do grupo, que estava recolhido no Centro de Triagem, no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, pela Agepen.

Igor e Eronaldo foram removidos para o PED (Presídio Estadual de Dourados). Já Alcinei, Rafael Peixoto e Robert foram encaminhados para o Presídio Estadual de Naviraí. Eurico dos Santos Motta, hacker que teria fornecido dados para a execução por engano de Matheus Coutinho Xavier, foi encaminhado para estabelecimento em Coxim.

Omertà

O Garras e o , com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras