Há 5 anos, ex-vereador era preso por envolvimento em escândalo sexual

Um esquema de exploração sexual de adolescentes acabou levando para a prisão há cinco anos, o ex-vereador e advogado Robson Leiria Martins. Na época, em maio de 2015, Robson foi flagrado tentando extorquir dentro de um estacionamento de um supermercado, o então vereador na Alceu Bueno, que acabou assassinado em setembro de 2016, quando teve […]

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Um esquema de exploração sexual de adolescentes acabou levando para a prisão há cinco anos, o ex-vereador e advogado Robson Leiria Martins. Na época, em maio de 2015, Robson foi flagrado tentando extorquir dentro de um estacionamento de um supermercado, o então vereador na Alceu Bueno, que acabou assassinado em setembro de 2016, quando teve o corpo carbonizado e encontrado, Jardim Veraneio, região do Parque dos Poderes, em Campo Grande.

Quando preso, Robson era suspeito de participar de um esquema de exploração sexual que envolvia adolescentes, sendo que durante a sua detenção afirmou que tudo não passava de um golpe político criado pelo vereador Alceu Bueno. Ele conseguiu a liberdade depois de passar 40 dias na prisão.

Robson contou que não estava extorquindo Bueno, e que o estava acompanhando até o supermercado. Segundo o que foi apurado na época, o ex-vereador teria pedido ao parlamentar (que estava sem partido na época), o valor de R$ 15 mil para não divulgar fotos e vídeos em que aparecia fazendo sexo com adolescentes.

Na época, Martins disse que o nome dele foi envolvido no escândalo por uma “força oculta”, um ou vários adversários políticos da região do Bairro Aero Rancho. A pessoa teria ficado sabendo que ele estava ‘aconselhando’ Bueno e decidiu tramar contra ele, com objetivo de prejudicar uma possível candidatura futura. “Não tenho padrinho político, não tenho ascensão financeira, somente o amor da comunidade”, diz.

Após o escândalo que envolvia vereadores da Capital, Alceu Bueno renunciou ao cargo, como também o ex-deputado estadual Sérgio Assis (sem partido, ex-PSB) que também foi indicado por favorecimento à exploração sexual no caso.

O Jornal Midiamax tentou falar com o ex-vereador sobre o caso, mas até o fechamento da matéria não conseguimos contato.

Assassinato Alceu Bueno

No dia 21 de setembro de 2016, o corpo de Alceu Bueno foi encontrado carbonizado e com sinais de estrangulamento no Jardim Veraneio, região do Parque dos Poderes, em Campo Grande. Imagens de câmeras de segurança de um condomínio revelaram o momento em que o corpo foi abandonado no local pelos suspeitos e em seguida queimado.

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) seguiu em investigações até a prisão dos três envolvidos, em 29 de dezembro do mesmo ano. A princípio chegou a ser cogitada uma ligação entre a morte do ex-vereador e o escândalo sexual em que esteve envolvido, que revelou esquema de extorsão de políticos em 2015.

Após trabalhos da polícia, foi descoberto que Alceu Bueno mantinha um relacionamento com Kátia e que a assediava pelo WhatsApp. Elpídio também teria um relacionamento com ela e estaria com ciúmes, uma das possíveis motivações do crime. Os autores chegaram a alegar que a ideia inicial era reprimir o ex-vereador.

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