Robson Martins negou acusação de extorsão contra

O ex-vereador e advogado Robson Leiria Martins convocou a imprensa na tarde desta sexta-feira (29), para explicar a acusação de extorsão contra o também ex-vereador Alceu Bueno. Martins negou envolvimento no suposto esquema de extorsão e afirmou que tudo foi uma armação feita por “forças ocultas” para prejudicar a vida política dele. Porém, ele não citou nomes de quem poderia ser o responsável.

O ex-vereador relatou como foi que estabeleceu contato com Bueno. Ele afirma que foi procurado por ele para marcar uma reunião, mas que Bueno preferiu não ir ao escritório dele, no Bairro Aero Rancho, por conta da movimentação. Por isso, a primeira reunião ocorreu na casa de Bueno.

Martins diz que foi informado por Bueno sobre a situação envolvendo o encontro com as adolescentes. Como advogado, ele tentou descobrir se havia algum processo contra Bueno e também contra Fabiano, já que o nome teria sido informado. Como não encontrou nada, Martins diz que orientou o ex-vereador a aguardar algum possível contato policial. Foi cobrado R$ 1 mil como honorário advocatício.

Depois disso houve reuniões entre os dois, onde Bueno disse no dia 13 de abril relatou alguns fatos que aconteceram na semana anterior e que o vereador Carlão já estava sabendo e que até a mesa diretora da Câmara Municipal já havia tomado ciência do que estava acontecendo. No dia 14, Martins pediu que Bueno não falasse para outras pessoas e no dia 16 houve o flagrante.

Segundo Martins, o nome dele foi envolvido no escândalo por uma “força oculta”, um ou vários adversários políticos da região do Bairro Aero Rancho. A pessoa teria ficado sabendo que ele estava ‘aconselhando' Bueno e decidiu tramar contra ele, com objetivo de prejudicar uma possível candidatura futura. “Não tenho padrinho político, não tenho ascensão financeira, somente o amor da comunidade”, diz.

Com a trama feita, Martins diz que Bueno convenceu a autoridade policial sobre o esquema de extorsão e foi armado o flagrante. O ex-vereador nega ter pedido qualquer dinheiro e diz que no encontro, no estacionamento do supermercado, onde foi preso, não foi conversado nada sobre dinheiro, entre ele, Bueno e Luciano Pageu.

Sobre Pageu, Martins diz que o conhecia de um núcleo religioso que costuma frequentar e que era uma espécie de escudo de Bueno, já que era ele quem o levava para os encontros com Bueno.

Detalhe contraditório apresentado por Martins é que diz que já havia visto as imagens comprometedoras de Bueno com as adolescentes no celular de Bueno. Segundo ele, as imagens poderiam ter sido feitas pelo próprio vereador.