Segue internado na Santa Casa de Campo Grande e preso em flagrante o homem de 57 anos, acusado de matar a tiros a florista Regiane Fernandes de Farias, de 39 anos. A defesa entrou com pedido de transferência para um hospital psiquiátrico, que ainda não teria sido feita, conforme informou o hospital e a polícia.

A delegada responsável pelo caso, Fernanda Félix, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) informou ao Midiamax que foi feito o pedido de transferência pela defesa do acusado. No entanto o pedido ainda não teria sido acatado pelo juiz e é aguardada resposta para que haja transferência.

Também segundo a assessoria da Santa Casa, até a manhã desta terça-feira (21) o homem continuava sob escolta policial naquela unidade hospitalar. A polícia também fez pedido de conversão da prisão em flagrante para preventiva, mas o acusado ainda não passou por audiência de custódia, já que o juiz aguardava a presença dele.

Primeiro feminicídio de 2020

O primeiro feminicídio registrado em Campo Grande em 2020, aconteceu por volta das 8 horas da manhã de sábado (18), quando a florista chegava ao trabalho e o ex-namorado já estava a sua espera e armado.

Um colega da florista contou que, quando a vítima chegou, o ex desceu do carro armado, momento em que ele colocou todos os funcionários que esperavam a floricultura abrir junto da mulher dentro de uma van, mas ela resolveu sair do veículo para conversar com o ex, que desferiu os tiros. Ela já teria sofrido violência doméstica por parte do motorista de aplicativo.

Foram ouvidos cinco disparos, sendo que a mulher teria sido atingida na região próximo ao pescoço e em seguida o homem teria desferido um tiro contra seu ouvido. Segundo o relato das testemunhas, o autor não aceitava o fim do relacionamento. Duas viaturas do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e dos Bombeiros foram chamadas para o local. A Polícia Militar também foi acionada.

A arma usada no crime contra a florista, ferida a tiros pelo ex-namorado, foi um revólver calibre 44 e foi apreendida pela polícia. A florista tinha contado para amigos que há alguns dias a irmã do autor telefonou e comentou que ouviu o irmão dizendo que compraria uma arma de fogo, sem dar motivos. Regiane morreu no fim da tarde daquele dia, no hospital.