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Polícia

Defesa quer soltar PM preso por propina de cigarreiros que disse ter ganho na loteria

Na terça-feira (16), a defesa do tenente-coronel Jidevaldo Souza Lima, preso na Operação Avalanche em 15 de maio deste ano, entrou com pedido de habeas corpus. Foi alegado indício de autoria fragilizado pelas provas apresentadas, além da ausência de risco atual caso o militar responda ao processo em liberdade, já que segundo a defesa não […]
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Na terça-feira (16), a defesa do tenente-coronel Jidevaldo Souza Lima, preso na Operação Avalanche em 15 de maio deste ano, entrou com pedido de habeas corpus. Foi alegado indício de autoria fragilizado pelas provas apresentadas, além da ausência de risco atual caso o militar responda ao processo em liberdade, já que segundo a defesa não há novas provas.

A denúncia contra o tenente-coronel Jidevaldo e também contra outros militares que ocupavam altos cargos na PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) foi oferecida em 5 de junho. Outros presos na operação também já ingressaram com pedido de habeas corpus.

Prêmio de Loteria

A investigação descobriu que o tenente-coronel Jidevaldo teria tido um aumento patrimonial crescente desde 2015. Assim, para o (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) o militar chegou a afirmar que recebeu um prêmio da loteria, no valor de R$ 203.452,00. Com isso, tentou justificar os depósitos.

Em um único dia, o tenente-coronel recebeu depósitos de R$ 21 mil e R$ 15 mil, em 2018. Antes de ser preso, o militar chefiava da 4ª Seção do Estado Maior da PMMS, onde atuava na ‘Política e Planejamento de Logística’ recebendo o valor de R$ 22.851,93 como rendimento fixo na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e ).

Denúncia do Gaeco

A promotoria classificou a conduta dos oficiais como sendo da mais alta gravidade, além de “ferir frontalmente o decoro da classe, o pundonor e o sentimento de dever, de maneira que se torna incompatível com a atividade policial militar”. Após a operação, deflagrada em 15 de maio, os comandos foram trocados e todos os presos afastados das funções.

Prisão de militares na Avalanche

Mandados foram cumpridos em Campo Grande, Coxim, Sidrolândia, , e Dourados. Todos os alvos da operação que resultou em sete prisões tinham bom trânsito político, salários mensais na faixa dos R$ 20 mil e posições de comando na Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública).

Foram presos o ex-comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) Kleber Haddad Lane, tenente-coronel Carlos da Silva, tenente-coronel Wesley Freire de Araújo, tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, major Luiz César de Souza Herculano, tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima e tenente-coronel Erivaldo José Duarte.

Operação Oiketicus III

A operação Avalanche é um desdobramento da Oiketicus e está em sua terceira fase, com cumprimentos de mandados em várias cidades do Estado. Em Dourados, a casa do comandante do 3º batalhão local da PM também foi alvo de cumprimento de mandado de busca e os agentes saíram do local com vários documentos. O comandante foi levado para o batalhão de polícia da cidade e contra ele havia um mandado e prisão.

A primeira fase da Operação Oiketicus foi desencadeada pelo Gaeco do Ministério Público Estadual e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar, em 2018 e levou a prisão cerca de 29 policiais que foram denunciados por passiva e organização criminosa, por integrarem a chamada “Máfia dos Cigarreiros”.

As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares de Mato Grosso do Sul davam suporte ao contrabando, mediante pagamento sistemático de propina, interferindo em fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências voltas para o êxito do esquema criminoso. Os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas. As atividades eram desenvolvidas em dois grandes núcleos.

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