O pedido de liberdade feito pela para Valtenir Pereira da Silva de 35 anos, preso desde o feminicidio de Maxelline da Silva Santos e do homicídio de Steferson Batista de Souza, foi negado no último dia 4 de setembro pelo juiz Carlos Alberto Garcete.

A defensoria alegou que o processo não havia sido impulsionado de maneira correta desrespeitando direitos fundamentais do acusado. Foi feito pedido de medidas cautelares de forma diversa da prisão, o que também foi negado pela Justiça.

Segundo o despacho do magistrado, a prisão de Valtenir foi decretada no dia 1º de março para garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal. A manutenção da prisão de Valtenir foi analisada no último dia 23 de julho sendo mantida pela Justiça.

Ainda na peça, o magistrado afirma que a manutenção da prisão do acusado é necessária para manter-se a incolumidade física da vítima sobrevivente. Por fim, o juiz relata que a prisão deve ser mantida neste momento.

O crime

No dia do crime, 29 de fevereiro,  Valtenir chegou no local onde estava acontecendo o churrasco e conversou por cerca de meia hora com a ex-namorada Maxelline da Silva Santos, tentando reatar o relacionamento. A conversa foi inicialmente calma. No entanto, houve desentendimento após Valtenir querer levar Maxelline a força do local. Ela dizia “eu não quero”.

Ao ver a situação, a amiga tentou conter os ânimos, momento em que Valtenir sacou a arma de fogo e desferiu o primeiro tiro contra a amiga da ex. Em seguida, o esposo da jovem que foi baleada saiu na porta para ver o que estava ocorrendo, quando também foi atingido por um segundo disparo. Ele não resistiu ao ferimento e morreu. Durante esse tempo, Maxelline tentava conter Valtenir pedindo para ele parar, chegando a segurar o braço dele.

No entanto, o autor desferiu o terceiro disparo, quase à queima-roupa, na cabeça da ex-namorada, depois fugiu em um carro. Ainda, conforme a investigação, as testemunhas que presenciaram tudo a distância de alguns metros já estavam no carro pois tinham se despedido. O motorista arrancou com o veículo e retornou, mas o autor tinha fugido.

Após o crime, ele ficou se entregando no dia 6 de março depois de uma montada para encontra-lo.