Contra facção criminosa e lavagem de dinheiro, operação e cumpre mandados em MS
Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) a segunda fase da Operação Overload deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) contra facção criminosa na lavagem de dinheiro usando empresas de fachada. São cumpridos mandados em Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina, além do Rio de Janeiro. As […]
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Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) a segunda fase da Operação Overload deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) contra facção criminosa na lavagem de dinheiro usando empresas de fachada. São cumpridos mandados em Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina, além do Rio de Janeiro.
As investigações descobriram empresas de fachada que movimentaram cerca de R$ 200 milhões em um ano, com CPFs e CNPJs de laranjas. A operação mira a facção criminosa CV (Comando Vermelho) do Rio de Janeiro, que usa pessoas jurídicas na lavagem de dinheiro no Estado. Segundo informações, algumas dessas pessoas não teriam nem funcionários ou sede própria.
Ainda não se sabe quantos mandados são cumpridos em Mato Grosso do Sul, e nem se houve prisões. Uma das empresas alvos teria movimentado R$ 17 milhões tendo capital social de R$ 100. Ao todo são 28 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados a 12 denunciados por um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro.
Entre os denunciados estão os líderes da organização, Elias Pereira da Silva, o “Elias Maluco”, e Márcio Santos Nepomuceno, o “Marcinho VP”, ambos presos na penitenciária federal de Catanduvas. Além de expedir os mandados, a 1ª Vara Criminal Regional de Madureira também determinou o bloqueio de contas bancárias ligadas ao esquema.
A lavagem de dinheiro ocorria quando o dinheiro das atividades criminosas era depositado nas contas dessas empresas e “transformado” em salários ou lucro, o que daria uma aparência de legalidade. As ordens partiam de dentro dos presídios.
Investigações
As investigações tiveram início a partir de apreensão de um celular pertencente a um integrante da facção criminosa, durante incursão policial no Morro do Juramento, em 2014. Um relatório de interceptação telefônica revelou diversas mensagens entre criminosos onde foram indicadas ao menos 28 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, que serviam para ocultar, circular e dissimular a origem do dinheiro obtido ilicitamente pela organização criminosa através do tráfico de drogas e armas.
(Matéria atualizada às 06:30 para acréscimo de informações)
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