O ex-deputado estadual e conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) Jerson Domingos foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em uma fazenda em Rio Negro, a 163 quilômetros de Campo Grande. Ele é um dos alvos da terceira fase da operação Omertà, deflagrada pelo Gaeco.
Na segunda fase da operação, em março deste ano, policiais encontraram uma arma ilegal, sem registro, no apartamento do conselheiro, além de outras armas e uma motocicleta roubada encontradas na fazenda.
Por conta disso, Jerson Domingos acabou conduzido para a delegacia para esclarecimentos. O conselheiro teria dito aos policiais, na segunda fase, quando questionado sobre a arma, que não se lembrava e que era velha (o revólver).
Agora, Jerson Domingos está sendo levado para a sede do Garras, na manhã desta quinta (18).
Há mandados sendo cumpridos em Campo Grande, onde o delegado Márcio Shiro Obara, ex-titular da DEH (Delegação Especializada de Homicídios) também foi preso e o investigador da mesma unidade da Polícia Civil de MS, Célio Rodrigues Monteiro, é alvo de mandado.
Outras quatro pessoas foram presas e todas têm algum tipo de ligação com o empresário Jamil Name.
Em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em imóveis de Fahd Jamil, empresário que já foi investigado e condenado por narcotráfico, por equipes do Garras e do Gaeco.
Ainda não se sabe se houve prisões, apesar de haver mais dois mandados.
Omertà: suspeita de milícia armada
Na primeira fase da Omertà, o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, além de policiais civis e guardas municipais foram presos por suspeita fazerem parte de suposta milícia armada.
As investigações tiveram início em abril de 2019, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.
Na segunda fase da Operação Omertà, em março de 2020 foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba.
Em seguida, foi deflagrada nova fase após descoberta de suposto plano contra autoridades, entre elas promotor de Justiça do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que atua no Gaeco.