O investigador da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) Célio Rodrigues Monteiro, é um dos alvos da terceira fase da Operação Omertà, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18), em e em Ponta Porã.

Célio é um dos alvos da operação e mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em sua residência, em Campo Grande. No Portal da Transparência, o investigador recebe proventos de R$ 7.598,05. Lotado na DGPC (Delegacia Geral da Polícia Civil).

O investigador faz parte do Conselho Fiscal do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul). Segundo o presidente do sindicato, Pablo Rodrigo Teixeira, o Sinpol só irá se pronunciar após o término da operação.

A operação cumpre mandados de busca e apreensão e prisão, sendo que na Capital, o ex-delegado titular da DEH, Márcio Oshiro Obara, acabou preso nas primeiras horas da manhã desta quinta (18). Outras quatro pessoas foram presas, sendo que duas teriam ligações com o empresário , preso na primeira fase, em setembro de 2019.

Obara foi preso por estar sendo investigado por receber propina no valor de R$ 100 mil depois do do policial da reserva e chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Ilson Figueiredo, em junho de 2018. Figueiredo teria sido executado em Campo Grande em vingança pela morte de Daniel Alvarez Georges, 43 anos, filho de Fahd Jamil.

O chefe de segurança do Legislativo de Mato Grosso do Sul foi acusado de ‘sumir' com Daniel em maio de 2011 e o corpo nunca foi localizado. As investigações também se deram depois do assassinato de Matheus Coutinho que acabou morto em frente de sua casa com tiros de fuzil, em abril de 2019.

Omertà

Na primeira fase da Omertà, o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, além de policiais civis e guardas municipais foram presos por suspeita fazerem parte de suposta milícia armada. As investigações tiveram início em abril de 2019, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

Na segunda fase da Operação Omertà, em março de 2020 foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba. Em seguida, foi deflagrada nova fase após descoberta de suposto plano contra autoridades, entre elas promotor de Justiça do (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que atua no Gaeco.