Célula jurídica intermediava comunicação do PCC e era paga com dinheiro do tráfico
Célula jurídica composta por advogados que intermediavam a comunicação entre integrantes presos e livres do PCC (Primeiro Comando da Capital) foi desarticulada nesta quarta-feira (18), durante a Operação Fast Track, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual de São Paulo. A ação teve apoio da Polícia […]
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Célula jurídica composta por advogados que intermediavam a comunicação entre integrantes presos e livres do PCC (Primeiro Comando da Capital) foi desarticulada nesta quarta-feira (18), durante a Operação Fast Track, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual de São Paulo. A ação teve apoio da Polícia Militar para cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão.
Conforme divulgado pela Agência Brasil, os advogados que prestavam este serviço de mensageiros eram pagos com dinheiro do tráfico de drogas. Após a transferência de integrantes para presídios distintos, o criminoso identificado apenas como Armani foi nomeado comandante nacional da “Célula Setor Universo”, responsável por articular o esquema que mantinha a transmissão de ordens e estratégias da facção entre os membros reclusos e livres.
“Armani contratou advogados com atuação em diversas regiões do território nacional, com a finalidade de permitir que os chefes do PCC, presos, continuassem a se comunicar com integrantes da facção em liberdade. Por meio de atendimentos presenciais, os advogados contratados levavam informações aos líderes e recebiam ordens que deveriam ser transmitidas a outros criminosos”, explicou o Ministério Público em nota.
Armani também tinha a tarefa de custear tratamento médico milionário aos faccionados. Diante de um problema oftalmológico apresentado por um dos líderes da organização, ele autorizou pagamentos no valor de R$ 72 mil. O Setor do Universo providenciava também estadia e casas de apoio para familiares de presos nas penitenciárias federais. Ainda segundo o Gaeco, os advogados intermediavam o pagamento de propinas a policiais, transmitiam cobranças de dívidas e até ameaças de morte a mando da organização.
“Não raro, os próprios advogados se envolviam em disputas que eram solucionadas pelo sistema de disciplina da facção, mediante o exercício de poderes de decisão por Armani, indicando inserção na estrutura hierárquico-piramidal do PCC”. A Facção ainda tinha setores para ocupação de imóveis populares de São Paulo, que posteriormente eram destinados à familiares ou faccionados, como forma de garantir manutenção de vínculo e garantir novos recrutamentos.
Com informações da Agência Brasil
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